Ruínas de Ingapirca: a versão equatoriana de Machu Picchu

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Se eu fizesse uma comparação, Cuenca e Ingapirca estão para o Equador, assim como Cusco e Machu Picchu estão para o Peru. Cuenca por ser, assim como Cusco, a cidade mais colonial do país e com aquela atmosfera de América Hispânica inconfundível. Inagapirca, por sua vez, como o mais representativo e bem preservado sítio arqueológico equatoriano, por onde os incas passaram e deixaram a sua marca.

Para quem não sabe, antes de os espanhóis chegarem, em 1536, o Equador fazia parte do império inca. E, antes dos incas, o território pertenceu aos cañaris, povo que ali viveu, acredita-se, por cerca de mil anos, mas acabou subjugado pelos incas no processo de colonização.

Pouco restou sobre a passagem inca pelo Equador para contar. O que ainda existe referente ao período pré-colombiano no país pode ser visto em Ingapirca, daí a sua importância histórica e cultural e que me permite fazer a comparação. Estima-se que o complexo tenha sido construído pelos cañaris e pelos incas entre os anos 500 e 1532 antes de Cristo.

O sítio arqueológico tem como principal atrativo as ruínas do Templo del Sol (foto de abertura do post), um observatório astronômico e palco de cerimônias cañaris que foi tomado pelos conquistadores incas e transformado em forte militar – até que os espanhóis chegassem usando parte daquelas pedras sagradas para construir suas casas.

Esse templo foi erguido ao estilo inca, que eram adoradores do sol, enquanto os cañaris adoravam a lua. Tanto que os pesquisadores descobriram que o templo foi posicionado de acordo com a luz do sol durante os solstícios.

Além desse templo, há também vestígios de outras edificações, como as collkas, estruturas circulares onde eram armazenados cereais, e a pilaloma, espaço arquitetônico inicialmente cañari e reocupado pelos incas, que construíram habitações ao redor de uma praça central, área possivelmente usada para fins cerimoniais.

Com rochas cortadas em forma de trapézio, assim como nas ruínas de Machu Picchu, Ingapirca é uma versão bem menor do badalada cidade inca peruana, sendo que cercada pela a bela paisagem rural equatoriana.

Um fato que eu achei interessante é a diferença no modo como os cañaris construíam em comparação com os incas. Enquanto os incas encaixavam as pedras de forma incrivelmente ajustadas, a gente percebe que há um tipo de argamassa nas construções originalmente cañari, a fim de segurar as rochas.

Como é a visita a Ingapirca

A entrada custa US$ 2 e pode adquirida na bilheteria logo ao chegar, quando, então, eles nos encaixam no próximo tour guiado (em espanhol ou em inglês), única forma de visitar o sítio arqueológico.

A visita a Ingapirca começa no museu que há na entrada, que possui muitos murais, filmes e várias peças em cerâmica, metal e pedras que ajudam a contar a história do lugar, que vai sendo complementada com as explicações do guia.

Só depois, entramos no sítio arqueológico, propriamente dito, onde percorremos as principais vias e construções, terminado a visita no Templo del Sol.

O tempo estimado para percorrer o museu e as ruínas de Ingapirca é de aproximadamente uma hora. O horário de funcionamento é de segunda a domingo das 9h às 17h30, sendo fechado em 1º de janeiro, 1º de maio e 25 de dezembro.

Como chegar em Ingapirca a partir de Cuenca

As ruínas de Ingapirca ficam na pequena província de Cañar, a cerca de 80 quilômetros ao norte de Cuenca, no meio do caminho para Alausí, de onde pegamos o trem para o Nariz del Diablo. Portanto é um passeio muito comum em um bate e volta desde Cuenca.

Se resolver visitar o sítio arqueológico por conta própria, diariamente, há dois ônibus da Cooperativa Cañar direto para as ruínas saindo da rodoviária de Cuenca às 9h e às 12h20 com retorno às 13h e às 15h45, respectivamente. A tarifa custa US$ 3,50 por trecho.

Ao invés do ônibus direto, uma alternativa é tomar qualquer ônibus com destino a Quito, descer na cidade de Tambo e de lá pegar um ônibus que siga para o complexo.

Se preferir, você pode alugar um carro e dirigir até o sítio arqueológico.

Agências de turismo também organizam tours guiados que podem ser só para Ingapirca (confira e reserve antecipadamente aqui) ou combinando com o passeio do Nariz del Diablo no mesmo dia (consulte e faça agora a sua reserva).

Esta última foi a minha opção, embora eu não tenha embarcado em um tour organizado por uma agência, pois eu estava viajando sozinho e não consegui outra pessoa para ir junto, dado que as empresas de turismo organizam tours para no mínimo duas pessoas.

Assim, eu contratei, por indicação dos proprietários do hostel onde me hospedei em Cuenca, um motorista particular que me levou a Alausí pela manhã bem cedo, onde fiz o passeio do Nariz del Diablo das 11h, retornado às 13h30. Daí, seguimos para Ingapirca, onde chegamos às 15h30 e eu ingressei no tour guiado pelo sítio arqueológico às 16h. Por volta das 19h eu já estava de volta a Cuenca. Veja aqui como foi o meu passeio no Trem Nariz del Diablo.

Para mais dicas sobre o Equador e os roteiros que fiz acesse aqui.

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