Já faz tempo que a Varjota se transformou em um polo gastronômico de Fortaleza. As mais variadas experiências estão à disposição de quem circula por esse bairro em busca da boa mesa. Em geral, os bares e restaurantes são bons e muito frequentados pelos locais. Portanto, fica a dica para quem visita a cidade.
E, recentemente, há cerca de uns quatro meses, essa região ganhou mais um ponto de encontro: o Quintal da Varjota, casa bem aconchegante, que adota o conceito de gastrobar, termo quem vem do inglês “gastropub”, que se aplica a bares que oferecem comida de restaurante, ou seja, pratos elaborados, ou até mesmo petiscos tradicionais, preparados com ingredientes selecionados, feitos para compartilhar.
No início de dezembro, tive a oportunidade de conhecer o lugar, quando imprensa e formadores de opinião foram convidados a experimentar o novo cardápio da casa. Sim, porque embora ela tenha pouco tempo de vida, a impressão que ficou é que os donos gostam de inovar. Aliás, o projeto carrega toda a bagagem cultural e gastronômica de Adolpho Albuquerque e Thiago Vitor, que têm carimbado em seus passaportes experiências diversas em restaurantes, bistrôs e bares ao redor do globo, e do terceiro sócio, o alemão Hendrik Görlich, com know-how internacional em hotelaria. Combinação mais que perfeita!
O menu é assinado pelo Chef Rafael Iori, paulista descendente de italianos, que, segundo me contaram, tem passagem por grandes escolas gastronômicas, trazendo para o Quintal da Varjota essa proposta de frescor e inovação às receitas, resultando, segundo pude perceber, na leveza e na releitura interessante de alguns pratos tradicionais, incluindo regionais, como descreverei mais à frente.
Para beber, a adega dispõe de 60 rótulos de vinhos e espumantes, um sistema de clube do whisky virtual, cervejas variadas, além de um menu de drinques, com destaque para os moleculares, que misturam consistências sólidas (ou quase) e líquidas. Às quintas-feiras, eu soube que há um menu degustação.
O ambiente
Chegando lá, gostei do ambiente de cara. Ao todo, são três espaços: o Comfee, espécie de dois lounges, com capacidade para até dez pessoas (cada); o Climate, salão climatizado que comporta até 80 pessoas; e o Showcase, um salão aberto, mais amplo, cabendo até 200 pessoas, onde tem sempre uma atração musical diferente. Circulei pelos três para ter uma ideia da proposta, porém fiquei no Climate, onde nosso grupo foi recepcionado pelos proprietários.
As entradas
Para este dia, nos foi preparado um menu degustação com uma seleção de alguns pratos do cardápio. Cinco entradas para compartilhar; três pratos principais, podendo escolher um; e três sobremesas, tendo que optar por uma.
De início foi servido um Ceviche de jacaré, ou seja, já começaram surpreendendo. A carne, proveniente do Pantanal, tem um sabor leve, de cor branca e apesar da consistência é macia. Prato aprovadíssimo. Custa R$ 35.
Daí, na sequência, vieram Bolinhos do Agreste, feitos de flocos de tapioca recheados com carne de sol desfiada ao catupiry e nata, acompanhados de molho de melaço de cana e saquê (R$ 28 a porção); Brioche Burguer, que são mini hambúrgueres de picanha black angus uruguaia e bacon grelhados com queijo emmental, servidos em mini brioches com molho do chef, alface e picles, acompanhados de ketchup, mostarda e maionese temperada (R$ 37 a porção); Fish and Chips (peixe e batatas), prato a base de cubos de sirigado envoltos em massa crocante de tempura servidos com batatas tipo chips e molho tártaro (R$ 48); e, por fim, Crunchy de Camarão, com o crustáceo sendo servido em crosta de farinha panko e queijo parmesão faixa azul com toque de páprica defumada, para petiscar com molho teriyak (R$ 69).
Confira galeria com as imagens:
Estava tudo delicioso e na temperatura certa, e, a exceção do Ceviche de jacaré, que foi harmonizado com vinho branco e espumante, os demais foram com as cervejas Baden Baden Red Ale, Baden Baden American IPA e Baden Baden Cristal, respectivamente.
Pratos principais
Tivemos que escolher entre Filé do Quintal ao Crispy de Parma, Risoto de Frutos do Mar e o tradicional Filé à Parmigiana.
Optei pelo primeiro, o mais diferente, é claro! E não me arrependi quando pousaram à minha frente um filé alto banhado com molho especial do chef com presunto tipo parma e shimeji, acompanhado de espaguete puxado na manteiga. A comida foi harmonizada com um vinho Fausto Cabernet Sauvignon e estava deliciosa (vou ficar devendo o preço). Apesar de não ter provado os outros pratos, eu escutei muitos elogios dos meus vizinhos de mesa.
As sobremesas
As opções eram Petit Gateau de Doce de Leite, Torta de Maça e Brownie de Nutella. Escolhi a última, pois tenho paixão por chocolate e estava muito gostoso. Mas as outras também foram muito bem avaliadas.
Em suma, tivemos uma noite bastante agradável e que merece repetição.
Quem quiser conhecer, o Quintal da Varjota fica na Avenida Antônio Justa, 3525 e o telefone é (85) 3109.3333.
Morganna
dezembro 26, 2016Que lindo! Qual o nome do arquiteto?
Anchieta Dantas Jr.
dezembro 29, 2016Morgana, primeiramente obrigado por acessar o Blog Andarilho. A fim de responder a sua pergunta, eu contatei os proprietários do Quintal da Varjota e a informação que me deram é que o ambiente passou pelas mãos de vários profissionais. Assim, eles preferem não citar nomes.