Descubra o turismo de vinho na Patagônia Argentina

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Na Argentina, Mendoza está para os vinhos, assim como a Patagônia está para os glaciares, a neve e os pinguins, certo? Não necessariamente. Você sabia que na terra da gélida Ushuaia, do Glaciar Perito Moreno, dos lagos e tantas outras belezas naturais também se produz vinho, e de excelente qualidade? Não? Nem eu! Bem, ao menos até bem pouco tempo, há aproximadamente a cerca de uma semana, para ser mais preciso. De fato, eu jamais imaginei mais este viés turístico para aquela região.

Localizada bem ao sul da América do Sul, a Patagônia abrange grande parte do território do Chile e da Argentina, em uma área de aproximadamente 800 mil quilômetros quadrados.

No entanto, a porção do território responsável pela produção vitivinícola é quase que inteiramente argentina.

Eu ainda não estive por lá (na Argentina só visitei mesmo Buenos Aires) e me lamentava por ainda não ter me programado para tal. Mas ainda bem que isto não aconteceu, pois agora já sei que terei que estender a estada para desfrutar de mais este lado da Patagônia argentina.

E que esta viagem venha logo, pois apesar de não ter ido, eu tive a chance de provar quatro rótulos da Bodega Humberto Canale, que produz vinhos na patagônia desde 1909, e me encantei com o requinte e o sabor da bebida.

O primeiro contato com os vinhos da Patagônia se deu na reabertura da loja de vinhos Grand Cru em Fortaleza, que agora desembarca novamente na cidade fazendo dobradinha com o restaurante Cabaña del Primo, casa de carnes com cardápio, embora com toques regionais, inspirado na terra dos nossos “hermanos”.

E é exatamente na Grand Cru onde se pode encontrar com exclusividade, no Brasil, os vinhos produzidos pela Humberto Canale e degustar mais essa delícia da Patagônia sem a necessidade de carimbar o passaporte.

Rota dos Vinhos da Patagônia Argentina

Vinhos Humberto Canale Linha Gran Reserva Foto: Anchieta Dantas Jr./Blog Andarilho

Rota dos Vinhos da Patagônia Argentina

Vinhos Humberto Canale Linha State Foto: Anchieta Dantas Jr./Blog Andarilho

Eu gostei tanto que aproveitei a oportunidade e bati um longo papo com o principal enólogo da Bodega Humberto Canale, Horácio Bibiloni, presente ao evento, para saber tudinho sobre o turismo de vinho na Patagônia, e, claro, compartilhar as dicas com você.

Rotas do vinho na Patagônia

Segundo ele me disse, as principais províncias produtoras de vinho hoje na porção argentina da Patagônia são Rio Negro e Neuquém, que ficam ao norte, onde o clima em nada tem a ver com sul, cujo destino mais procurado é Ushuaia, zona bem mais fria.

Atualmente, ao menos 12 bodegas (como as vinícolas são conhecidas na Argentina) fabricam vinho na região.

Em Rio Negro, onde a Humberto Canale e as outras bodegas pioneiras da Patagônia argentina estão, chove muito pouco, os dias são predominantemente muito quentes (temperaturas entre 30 graus e 32 graus) e as noites muito frias (quando a temperatura pode chegar a 8 graus), o que facilita o cultivo de castas como Pinot Noir e Merlot, que se desenvolvem bem em locais com grande amplitude térmica.

Rota dos Vinhos da Patagônia Argentina

Bodega Humberto Canale Foto: Divulgação

A Bodega Humberto Canale é uma das pioneiras da Patagônia Argentina Foto: Divulgação

Todas as vinícolas seguem o curso do rio mais caudaloso da região, o Vale do Rio Negro, que emerge como um oásis em meio a esta área com clima e paisagem de deserto em plena a Patagônia.

A principal característica da região são os ventos fortes vindos da Antártica que, embora deixem as temperaturas muito baixas a noite, evitam a chegada das doenças da parreira.

O resultado, contou o enólogo, e pelo que também pude perceber, são vinhos fortes em estrutura e muito saborosos.

No caso do Malbec ali produzido, para minha surpresa, este é bem mais macio do que o que se bebe no restante da Argentina. É que de acordo com Horácio, existem vários tipos dessa uva, outra característica que eu não sabia.

Ele me disse ainda que Rio Negro possui melhores condições climáticas para a viticultura do que Mendoza.

O solo é similar, afirma Horácio, mas naquele pedacinho da Patagônia argentina, há mais horas de sol, característica essencial para a maturação adequada das uvas.

Portanto, apaixonados por vinhos, já fica a dica para expandir o roteiro com esse intuito quando forem à Argentina.

Pela Rota do Vinho do Rio Negro, explica Horácio, é possível realizar caminhadas pelos vinhedos, participar da colheita (na época devida), conhecer as chácaras de produção de uvas e provar os vinhos. Visitas devem ser agendadas. No caso da Humberto Canale, isso pode ser feito aqui.

Ali, as propostas de enoturismo se complementam com as de ecoturismo, com avistamento de aves e ainda turismo paleontológico.

Rota dos Vinhos da Patagônia Argentina

A paisagem do Vale do Rio Negro

Rota dos Vinhos da Patagônia Argentina

Valle de La Luna é um dos pontos altos do turismo paleontológico na Patagônia

Neuquém, está situada a sudoeste de Rio Negro e quase colada com o Chile.

Ali, o clima também apresenta altíssima amplitude térmica, mais de 20°C de diferença entre o dia e a noite. As precipitações dificilmente ultrapassam 180 mm anuais e os ventos no local são fortes.

As castas mais cultivadas nesta província são Malbec, Merlot, Cabernet Sauvignon, Syrah, Pinot Noir, Chardonnay e Sauvignon Blanc.

Como chegar

Rio Negro conta com aeroporto próprio, mas para percorrer a Rota do Vinho da Patagônia é conveniente viajar ao de Neuquén, visto que a cidade de Viedma, capital da província de Rio Negro e sede do aeroporto local, está situada a mais ou menos 500 quilômetros das cidades do Vale do Rio Negro, onde estão as bodegas.

Embora em outra província e por ser mais próxima deste vale, Neuquén torna-se ideal para ter como base, a fim de explorar as rotas de vinho na Patagônia argentina. Esta cidase é o centro urbano mais importante do norte da Patagônia.

A Aerolíneas Argentinas é quem voa para lá desde Buenos Aires, em uma viagem sem escalas ou conexões que dura aproximadamente 1h55. Curioso que sou fiz uma rápida busca para viajar em maio de 2018 e encontrei tarifas desde R$ 737.

Daí, depois de curtir os vinhos da Patagônia é hora de esticar a viagem e descer para o sul para curtir a paisagem gélida da região, com seus glaciares.

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