A antiga capital do império inca é bastante visitada por ser a única porta de entrada para chegar a Machu Picchu, atração turística mais buscada por quem viaja ao Peru. No entanto, Cusco, com menos de 400 mil habitantes, tem muito mais a oferecer. Além dos passeios clássicos para os quais a cidade serve de base – Vale Sagrado, Maras e Moray e a Montanha do Arco-íris – a cidade em si também tem atrações com bastante conteúdo.
Afinal, simboliza o apogeu do império inca e da miscigenação da cultura espanhola à andina. E essa mistura, é claro, só poderia resultar em muitos atrativos: vários sítios arqueológicos, obras magníficas e arquitetura colonial da melhor qualidade.
No post Peru: como planejar a sua viagem a Cusco, Valle Sagrado e Machu Picchu, eu dou todos os detalhes de como chegar a Cusco, quando ir, quantos dias ficar, como ir do aeroporto ao centro, onde se hospedar e o que e onde comer.
Falo ainda sobre câmbio, como combater o mal de altitude (não esqueça de que você estará a 3.400 metros acima do nível do mar) e ainda como circular por Cusco e a região, quais são os principais passeios e como adquirir o Boleto Turístico, que contempla 14 das principais atrações locais.
Neste mesmo texto, detalho também como eu montei o meu roteiro, dividindo as atrações ao longo de sete dias, tempo considerado na medida para você não se cansar e nem voltar com a sensação de ter esquecido algo. Não que voltar ao Peru e a Cusco não valha à pena. Ao contrário!
Agora, chegou a hora de tratar sobre o que ver e fazer em Cusco em si, além dos passeios clássicos. E tudo começa pelo compacto Centro Histórico.
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À primeira vista, o Centro Histórico de Cusco nada mais parece do que uma típica cidade colonial espanhola. Mas, na verdade, os conquistadores construíram tudo aquilo que se vê hoje, sobre uma estrutura urbana que já existia, construída pelos incas.
Muitos dos atuais grandes símbolos de Cusco, como a Basílica Catedral de Cusco, foram erguidos pelos espanhóis em cima de templos e palácios do antigo império inca.
Outro exemplo é a Igreja e o Convento de Santo Domingo, ou Qorikancha, que em quéchua (idioma inca) quer dizer “pátio dourado”. Durante o governo de Inca Pachacuteq – o mais poderoso entre os imperadores Incas, QoriKancha foi o templo principal e o mais cheio de riquezas.
Este templo foi edificado em homenagem ao sol (inti, em quéchua). Embora apontado como um deus inca por muita gente, na verdade o sol era considerado como um pai para os incas, assim como a lua, uma mãe. Acima deles existia um deus maior, segundo foi explicado no local.
Os escritos espanhois à época narram que as paredes deste templo eram todas cobertas por ouro maciço. Não é de se estranhar, então, o interesse dos colonizadores por Cusco e região. Eles não eram bobos, não é?
Dessa forma, não espere encontrar mais nada reluzente por lá. Os conquistadores levaram tudo e em cima do que existia edificaram o Convento e a Igreja de Santo Domingo.
No entanto, o testemunho da intrigante arquitetura inca ainda está ali, mesclado com o templo cristão, aonde ainda se vê paredes e câmaras intactas feitas de pedras encaixadas.
Qoricancha, inclusive, é o ponto de partida do City Tour vendido por todas as agências de turismo locais, que dali seguem para as principais ruínas incas nos arredores de Cusco.
Como a oferta destes tours é grande, a boa notícia é que você não precisa contratá-lo antecipadamente, diferentemente de Machu Picchu, que limita o número de visitantes.
Como é o City Tour em Cusco
Diferente do que é comum em outros locais, este passeio em nada tem a ver com aqueles roteiros panorâmicos de ônibus. Nele, a gente entra nas atrações, acompanhado de um guia que explica tudo e ainda nos dá algum tempo livre para explorá-las e, evidentemente, fotografá-las.
Por este tour, operado pela agência Ragos del Peru, eu paguei US$ 12 (cerca de R$ 41), incluindo transporte e guia.
Os ingressos são por fora. Para isso você deve adquirir o Boleto Turístico de Cusco. O mais completo, que dá direito às atrações do City Tour, a alguns museus e ainda aos sítios arqueológicos do Valle Sagrado, custa 130 soles, ou aproximadamente R$ 144. E é o que recomendo entre os quatro tipos de boletos disponíveis.
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Entre os locais visitados, o único cuja entrada não está inclusa nesse boleto é Qorikancha, para a qual desembolsamos 15 soles (cerca de R$ 17).
O City Tour pode ser feito pela manhã ou à tarde. Porém, eu recomendo que ele seja feito à tarde, quando a temperatura está mais agradável (menos fria) e o sol é praticamente garantido. As fotos ficam lindas!
Dura em média umas cinco horas e começa por Qorikancha, a poucos metros de distância da Plaza de Armas. Depois de Qorikancha, visita-se os sítios históricos de Saqsayhuamán, Q’enko, Puka Pukara e Tambomachay, todos fora do centro de Cusco e bem distantes um do outro.
Assim, a melhor forma de fazer esse percurso é por meio desse tour guiado. As explicações do guia são imprescindíveis para que você entenda toda a importância de cada um dos lugares e a sua conexão com Machu Picchu.
Além do mais, o deslocamento entre as atrações usando transporte público não é nada fácil (ou sequer possível).
De carro alugado, fica mais tranquilo, porém você não contará com a ajuda de um guia, figura essencial, como eu falei, pois cada lugar visitado, teria desempenhado uma função diferente durante o império inca.
Puka Pukara, por exemplo, seria como uma espécie de mercado; Q’enko, um local de rituais e sacrifícios; e Tambomachay, onde os incas construíram canais (que ainda funcionam) para cerimônias de adoração às águas.
Já Saqsayhuamán, o mais impressionante desses sítios arqueológicos – todo feito de pedras imensas, que devem pesar centenas de toneladas (e que me faziam pensar o tempo todo como os incas as levaram até ali e como construíram tudo aquilo) -, servia de cenário para os festejos do sol (Inti Raymi) a cada 24 de junho.
Infelizmente a cidadela que havia em Saqsayhuamán foi largamente desconstruída pelos espanhóis, que usaram suas pedras para construir as igrejas que a gente vê atualmente em Cusco.
E é em Saqsayhuamán onde fica o mirante de onde tiramos aquela foto clássica de Cusco de cima, com destaque para a Plaza de Armas.
Demais atrações em Cusco
Além de uma tarde para o City Tour, recomendo que você reserve ao menos um dia inteiro para visitar outros pontos de interesse em Cusco.
Mas o gostoso mesmo é caminhar e se perder pelas ruas, admirando a belíssima arquitetura colonial da cidade, as portas e sacadas. Atente para as graciosas placas fixadas nas fachadas, com os nomes das ruas.
E, pelo caminho, merecem destaque as seguintes atrações:
Plaza de las Armas
É a principal praça da cidade. Bonita e bastante florida, no entorno, além da Basílica Catedral de Cusco (25 soles ou R$ 28 a entrada) e da Igreja da Companhia de Jesus, você vai encontrar diversas lojas e restaurantes (dos tradicionais aos fast food) e algumas das principais baladas de Cusco.
Museu Inca
Reúne diversas peças da historia do império inca, desde artesanatos, múmias a peças de ouro. O museu fica localizado próximo a Plaza de las Armas; e o
Mercado Central de San Pedro
destinado principalmente ao comércio local, este mercado é um bom lugar para se conhecer e observar melhor o cotidiano dos moradores da região, bem como comer e para comprar artesanato.
Igrejas
Já para os fãs de igrejas, vale uma visita à La Merced (calle Mantas, 121); San Francisco, na praça entre a Plaza del Regocijo e o Arco de Santa Clara; ao Convento de Santa Clara, logo depois do arco; e a San Blas, na plazoleta do bairro alto de Cusco.
E em meio a todas essas atrações, você ainda vai se deparar com mulheres circulando pela cidade com trajes típicos dos Andes. Por dois soles (R$ 2,20) você consegue tirar fotos com alguma delas.
Dicas práticas para visitar Cusco
- Use o dia da chegada para descansar e se acostumar com a altitude.
- Hospede-se no Centro Histórico próximo à Plaza de Armas.
- Adquira o Boleto Turístico para poder visitar os sítios arqueológicos de Cusco e o Vale Sagrado.
- Deixe para contratar localmente os passeios clássicos: City Tour, Vale Sagrado, Maras e Moray e Montanha do Arco-íris (Rainbow Mountain). Há uma quantidade enorme de agências oferecendo esses passeios.
- Percorra o centro histórico a pé e sem pressa. Você pode fazê-lo por conta própria.
- Visite as ruínas (City Tour) com um tour guiado.
- Combine sua ida a Machu Picchu com o tour do Vale Sagrado.
Por praticidade e facilidade de logística, a dica é se desligar do tour do Vale Sagrado em Ollantaytambo e não seguir para Chinchero.
Daí, depois de visitar o sítio arqueológico de Ollanytatambo, no período da tarde, tome o trem para Águas Calientes, a fim de pernoitar, visitando Machu Picchu no dia seguinte e só então retorne diretamente a Cusco.
Da Estação de Ollantaytambo, há mais opções de trens para Machu Picchu e a preços menores do que saindo de Poroy, estação mais próxima de Cusco (30 minutos do centro).
Os trens de ida e volta para Machu Picchu e o ingresso são comprados à parte e devem ser feitos antes de você sair do Brasil, dada a grande procura. Saiba mais aqui.
Uma visita guiada à cidade perdida dos incas pode ser contratada na entrada. Há diversos guias que formam, na hora, grupos de dez pessoas, cobrando de 20 a 30 soles por cabeça (R$ 22 a R$ 32).
O tour dura em torno de 2h30 e você pode permanecer por mais umas duas horas percorrendo o local por conta própria. Explicarei tudo em um outro post.
Para ajudar na organização de sua viagem leia o post Peru: como planejar a sua viagem a Cusco, Valle Sagrado e Machu Picchu.
Ainda sobre o Peru, recomendo a leitura:
Lima: dicas e roteiro para descobrir e se encantar pela capital peruana
Lima-Cusco: como é voar de LC Perú
Machu Picchu: turista terá que escolher horário de visitação
Moray e as salinas de Maras: cenários incríveis para descobrir no Peru
Vale Sagrado dos Incas: como visitar e por quê conhecer!
Machu Picchu: como chegar à cidade inca e visitar por conta própria
Machu Picchu de trem: como é viajar de Inca Rail
Cusco além do básico: a incrível Montanha do Arco-Íris, no Peru
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