Tóquio é o tipo de cidade que todos deveriam visitar ao menos uma vez na vida. Viajei esperando uma coisa e, ao desembarcar, encontrei outra completamente diferente. Mesmo, não sendo tão fã de cidades grandes, como antigamente, minha relação com a capital do Japão foi de amor à primeira vista.
Embora trate-se de uma das maiores megalópoles do planeta, imensa, pulsante, com centenas de quilômetros de linhas de trem e metrô, uma quantidade impressionante de edifícios espetaculares, neons e milhões de pessoas circulando de um lado para o outro, Tóquio é um paradoxo. Revela-se, ao mesmo tempo, organizada, discreta, tradicional e porque não dizer única.
Para a surpresa de quem chega, em meio à selva de concreto, a cidade é repleta de verde, praticamente nenhum motorista toca a buzina, as ruas são limpíssimas, o silêncio, na medida do possível, predomina, ninguém se sente inseguro em nenhum momento do dia ou da noite e existe um respeito evidente pelo próximo.
Olha, se eu fosse apontar um futuro para as cidades ao redor do planeta, então que elas se espelhem e busquem soluções sustentáveis e sociais como as que Tóquio vem tentando, com sucesso, emplacar.
Eu gostei tanto que ousaria dizer que moraria por lá. E minha opinião não é diferente da dos estrangeiros que ali vivem. Conversei com norte-americanos, australianos e nativos de outros países asiáticos, que não escondem sua paixão pelo lugar.
Pertinho da cidade há uma grande variedade de passeios. De metrô é possível chegar à Disneylândia de Tóquio, opção para quem viaja com crianças. Na vizinha Yokohama você encontrará um excelente parque aquático, com um enorme aquário e uma área portuária bastante agradável. Aproveite para conhecer ainda Kamakura e seu grande Buda.
Para se aprofundar mais em história, não deixe de ir a Nikko, ao norte da capital japonesa, um tour que leva um dia inteiro, mesmo tempo necessário para fazer um bate-e-volta ao Monte Fuji. E tem mais: a apenas 2h45 de trem-bala chega-se a Quioto, outra cidade obrigatória em solo japonês.
E aí, ficou com vontade de visitar a capital do Japão? Pois vem comigo que eu lhe dou todas as dicas para desbravar a cidade e usufruir do que Tóquio tem de melhor.
Mas antes de começar, eu lhe convido a ler o post Japão: tudo o que você precisa saber para a planejar a sua viagem. Nele você encontrará o passo a passo – quando ir, como comprar a sua passagem, reservar a sua hospedagem, como tirar o visto, que moeda levar, comunicação e internet, como se deslocar pelo Japão e nas cidades, entre outros pontos importantes.
De posse dessas informações valiosas, concretizar o sonho de conhecer o Japão, a sua capital, Tóquio, Quioto, entre outras cidades importantes, será mais fácil do que você imagina!
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Chegando em Tóquio
Existem dois aeroportos nas proximidades de Tóquio: Narita, a 70km do centro, e Haneda, a cerca de 20km. Ou seja, se chegar por Haneda, o deslocamento até o seu hotel será mais rápido e mais barato.
Porém, nem sempre isso é possível pois a maioria das companhias internacionais aterrissam em Narita. Mas não veja isso como um problema, pois existem muitas formas de chegar à região central de Tóquio, pagando um valor que cabe no bolso e sobre as quais eu falo mais adiante.
Imigração e retirada da bagagem
Eu desembarquei pelo Aeroporto de Narita e o processo de imigração foi bem tranquilo. Ainda no avião, preenchi os formulários de Alfândega e de Imigração, entregues pelos comissários de bordo, que vem escrito em japonês e inglês, e são muito simples de responder.
Depois de descer do avião e caminhar até chegar á área reservada à Imigração, a primeira coisa a fazer é passar por um equipamento chamado, biocart, onde a impressão digital de visitantes estrangeiros é registrada e uma foto de rosto é tirada, uma vez que ambos os processos são exigidos para prevenir o terrorismo no Japão.
Só depois é que entramos na fila para passar pelos balcões de imigração e ter a entrada no país autorizada mediante um selo fixado no passaporte. Tudo rápido, tranquilo, o pessoal bem treinado e os oficiais bastante cordiais.
Não se preocupe com a língua, os atendentes falam o inglês e estão prontos a orientar no que for preciso.
Depois que passamos pelo controle das autoridades migratórias, basta se dirigir às esteiras de coleta de bagagem, retirar a sua, passar pela Alfândega, estando, finalmente, liberado para aproveitar essa terra tão maravilhosa.
Câmbio de moeda
Na saída do desembarque, já no saguão do aeroporto, encontramos uma série de serviços, como transportes para se deslocar ao centro da cidade, aluguel de carro e ainda casa de câmbio e máquinas para troca de moeda. Japonês adora uma máquina, viu?
Eu preferi trocar dólares (divisa que recomendo levar) por iene, a moeda japonesa, na casa de câmbio, cuja cotação era praticamente a mesma que eu vinha acompanhando no site antes de sair do Brasil. Aproveitei e troquei metade do dinheiro que eu havia levado para não me preocupar com essa questão por alguns dias.
Até porque, no Japão, você vai usar dinheiro vivo para tudo, pois são poucos os lugares que aceitam cartão de crédito. Parece um paradoxo, mas apesar de toda a tecnologia, o país ainda prioriza o uso de dinheiro em espécie em suas transações no comércio, em restaurantes e nas máquinas de bilhetes e cartões do metrô.
Como se deslocar do aeroporto de Narita para o centro
O Aeroporto de Narita, como eu falei, está a 70 quilômetros de Tóquio, na cidade de Chiba. Mas a distância não é problema. Ao contrário, pois existem várias maneiras de chegar ao seu hotel. As mais recomendadas são:
Narita Express (N’Ex)
É o trem rápido que chega até às estações de Tóquio Central, Shibuya, Shinjuku, Ikebukuro, Shinagawa, Ofuna e Yokohama.
Atualmente, o bilhete mais barato, apenas vendido para estrangeiros, é o N’Ex Tokyo Round Trip Ticket. Custa 4.000 (aproximadamente US$ 36 ou R$ 136, na cotação de 08.02.2019) e como diz o próprio nome é um bilhete de ida e volta, válido por 14 dias.
Para comprá-lo é necessário mostrar o passaporte. Como todos os assentos são reservados, não é possível adquirir o bilhete dentro do trem. Isto tem que ser feito antes de embarcar. Mais informações aqui.
Está incluído no valor pago pelo passe de trem JR Pass, mas só vale à pena ativar o passe, se for começar a utilizá-lo neste mesmo dia, o que não era o meu caso, pois eu comprei o passe para apenas sete dias e iria começar a usá-lo somente quando fosse viajar para Quioto. No entanto, ao retornar a Tóquio, eu usei o N’Ex para ir da Estação Central até o aeroporto.
O trem expresso tem saída dos terminais 1, 2 e 3 e o trajeto até a Estação de Tóquio dura 55 minutos.
A vantagem desse meio de transporte é que a gente não pega trânsito e desembarca na estação desejada, podendo, dali, pegar o metrô ou um táxi até o hotel.
Apesar da comodidade, o preço do N’Ex é bem salgado. Mas não se desespere. As alternativas abaixo são bem mais em conta.
Tokyo Shuttle – Keisei Bus
Ônibus que chega até a Estação de Tóquio, com saídas a cada 15 ou 30 minutos, dependendo da hora do dia. No preço do bilhete está incluída uma mala por passageiro.
Tem saídas dos terminais 1, 2 e 3 e percurso dura aproximadamente 90 minutos. Custa 1.000 ienes (US$ 9 ou R$ 34 na cotação de 08.02.2019) o trecho. Se comprar a viagem de ida e volta o total sai por 1.900 ienes (cerca de US$ 17 ou R$ 64). Mais informações e reservas aqui.
Este ônibus foi a minha opção e eu comprei a passagem só de ida no balcão existente no desembarque logo em frente ao local onde fiz o câmbio.
Airport Limousine Bus
Esse ônibus conecta o aeroporto com alguns dos principais hotéis de Tóquio. Também sai dos terminais 1, 2 e 3. O tempo de trajeto vai depender da localização (bairro) de onde você vai ficar, assim como o preço, normalmente mais caro que o Keisei Bus e o Access Narita Bus (mais informações sa seguir). Consulte os valores dos bilhetes, horários e tempo de viagem aqui.
Access Narita Bus
Outro ônibus que liga o aeroporto às estações de Tóquio e Ginza. Neste caso, não é necessário comprar o bilhete numa loja ou posto da companhia antes de embarcar, paga-se diretamente para o motorista do ônibus. O bilhete inclui uma mala por passageiro, que pese até 20 quilos.
Assim como os demais ônibus, tem saídas dos terminais 1, 2 e 3 (dependendo do horário) e o percurso até a estação de Tóquio é feito em torno de 65 minutos e até Ginza, em 75 minutos. O valor da passagem é de 1.000 ienes (US$ 9 ou R$ 34 na cotação de 08.02.2019). Para saber mais acesse aqui.
Táxi e Uber
Os táxis utilizam um sistema por zonas, o que significa que o valor a pagar pela corrida vai depender do seu destino em Tóquio. Além do que as tarifas são bem altas, de 16.000 a 22.000 ienes (US$ 145 a US$ 200 ou R$ 542 a R$ 746 na cotação de 08.02.2019), somando ainda os pedágios.
Quanto ao Uber, em Tóquio, não há muita diferença do que se paga pelo táxi, visto que só existe na opção select.
Onde se hospedar em Tóquio
Um fator que considero crucial ao escolher a hospedagem em Tóquio, uma cidade muito grande, é pensar em função do metrô, que é a melhor forma de se deslocar por lá, checando ainda quantas e quais linhas você terá por perto.
Eu fiquei em Ginza, hospedado no Imano Tokyo Ginza Hostel, local excelente, a cinco minutos de caminhada da estação de metrô de Takaracho. Nesta estação, passa a linha Asakusa (rosa), que leva a outros bairros turísticos e se conecta, na estação Higashi-Ginza, com a linha Hibiya (cinza), que nos deixa na Estação Central de Tóquio (Tokyo Central), de onde partem trens para todo o Japão.
Ginza é um bairro bem central, bonito e arrumado, repleto de lojas de grife e de departamentos e fica bem próximo ao coração geográfico da capital japonesa que é o Palácio Imperial, acessível pela estação Tokyo Central, onde também é uma excelente região para se hospedar.
Ficar próximo às estações de Shinjuku e Shibuya, que concentra várias linhas de metrô importantes, também é muito prático.
A região de Roppongi é outra que me pareceu ótima. O bairro é muito bem abastecido de linhas de metrô (Chiyoda, Ginza, Marunouchi, Hibiya e Oedo).
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Como circular pela cidade
Tóquio possui uma vasta malha de trens metropolitanos e linhas de metrô. A linha circular Yamanote da Japan Rail interliga todas as principais estações ferroviárias da cidade, como Tóquio Central, Shinjuku e Ueno, todas com ligações com o metrô.
No entanto, minha recomendação é usar o metrô, que é mais barato e lhe deixa nos principais pontos de interesse da capital japonesa. Além disso, a pontualidade de frequência dos trens é um modelo a seguir para o resto do mundo.
Embora ao ver o mapa de transportes de Tóquio você possa se assustar, afinal são 13 linhas entrelaçadas umas com as outras, utilizar o metrô é tão fácil como em qualquer outra cidade.
A única diferença que há entre o metrô de Tóquio e o de outras centros urbanos é que nele há duas redes diferentes operadas por duas companhias independentes: Tokyo Metro e Toei.
Porém, o fato de serem duas redes diferentes implica em que as passagens de uma rede não valem para a outra, embora seja possível adquirir passagens combinadas com um pequeno desconto.
O preço da passagem varia em função da distância percorrida:
- De 1 a 6 km: 170 ienes (US$ 1,75 ou R$ 5,76);
- De 7 a 11 km: 200 ienes (US$ 1,85 ou R$ 6,78);
- De 12 a 19 km: 240 ienes (US$ 2,19 ou R$ 8,13);
- De 20 a 27 km: 280 ienes (US$ 2,55 ou R$ 9,49);
- De 28 a 40 km: 310 ienes (US$ 2,82 ou R$ 10,51);
- Passagem diária do Tokyo Metro: 600 ienes (US$ 5,47 ou R$ 20,33);
- Passagem diária de Toei: 700 ienes (US$ 6,36 ou R$ 23,72); e
- Passagem diária para as duas redes de metrô: 800 ienes (US$ 7,29 ou R$ 27,11).
Que passagem comprar? Se você for usar muito o metrô mais de três vezes ao dia a melhor opção é adquirir a passagem diária. Dica: se o seu hotel não está perto de alguma linha Toei, comprando a passagem diária de 600 ienes do Tokyo Metro, você poderá chegar a todos os pontos turísticos tranquilamente só com essa empresa.
Agora, se você for pegar o metrô para fazer apenas duas viagens diárias, opte pelas passagens simples. Para isso, você tem que procurar seu destino final nos mapas de cada estação. Ao lado nome das estações, você vai ver o preço do trajeto.
Daí, dirija-se às máquinas automáticas para comprar o seu bilhete. Aperte na tecla do valor correspondente e introduza o dinheiro. Não fique preocupado com o idioma pois há opção em língua inglesa.
E para facilitar a sua vida em Tóquio, eu recomendo fortemente baixar no seu celular o aplicativoTokyo Subway, disponível gratuitamente no Google Play (aparelhos Android) e Apple Store (iPhone).
Esse app mostra o melhor trajeto a partir da estação que você está até aquela que deseja chegar, incluindo as linhas que deve pegar, se terá que trocar de linha e onde, o tempo do percurso e ainda o valor a pagar. Depois é só se dirigir à máquina e comprar a passagem.
Pórem, a fim de evitar este processo e não ter que perder tempo em cada trajeto, pode ser interessante comprar os cartões pré-pagos Suica e Pasmo, criados para o pagamento dos diferentes meios de transporte em Tóquio e em parte do Japão.
Embora a princípio ambos tenha sido independentes (Suica da Japan Rail e Pasmo de outras companhias), atualmente elas são compatíveis e podem ser recarregadas e usados nos mesmos lugares. No entanto, fora de Tóquio, o cartão Suica é mais aceito, por isso é a melhor opção para os viajantes que vão a outras partes do Japão.
O que eu mais gostei no metrô de Tóquio foi a qualidade do serviço e a inacreditável tranquilidade que nos rodeia, apesar das milhares de pessoas circulando pelas estações. Assim como nos trens, é proibido usar o telefone e os japoneses cumprem essa lei, sendo extremamente silenciosos e respeitosos.
Outra coisa bacana é que nas estações de trem e de metrô as placas estão escritas em inglês e japonês e os anúncios nos alto falantes também são nas duas línguas. E o inglês falado é o de uma pessoa nativa dessa língua e não de um japonês. Portanto, ninguém terá dificuldade de entender.
No entanto, às vezes incomoda o tamanho pequeno de algumas estações e a falta de escadas rolantes e elevadores em grande parte delas.
Outra coisa, há estações que têm diversas saídas que dão para ruas distintas. Antes de sair do local procure saber qual dessas saídas lhe deixará mais próximo de onde deseja chegar. Se você perguntar a um funcionário, ele poderá lhe ajudar. Eles entendem o inglês, embora não falem muito bem. Mas fique tranquilo, pois ele fará de tudo para lhe ajudar.
Comunicação e internet no Japão
Queira ou não, a língua é uma barreira e você terá que superar, embora os japoneses sejam altamente receptivos e prestativos, fazendo de tudo para nos ajudar. Porém, poucos falam bem o inglês. Na verdade, entendem mais do que falam, especialmente se você falar pausado e devagar.
Usar e abusar das mímicas é muito comum. Para quem só fala português, o desafio é ainda maior. Mas com força de vontade e criatividade, dá para se virar.
Mas independentemente da sua situação, usar um tradutor será muito útil e lhe dará mais segurança para viajar. O Google Tradutor foi um grande companheiro em minha viagem ao Japão. Para isso ter internet no celular é fundamental!
Até que dá para viajar sem internet no celular, ficando dependente do Wi-Fi, mas eu não recomendo em se tratando de Japão, ou qualquer outro país cujo alfabeto em nada tenha a ver com o nosso. Além disso, depois que eu comecei a viajar com internet no celular, nunca mais viajei sem.
Para o Japão, mais uma vez eu contei com o chip da EasySim4U, com internet ilimitada em mais 210 países. Saiba sobre esse chip aqui.
Eu também já utilizei o chip da EasySim4U em Portugal, Ilha da Madeira, Inglaterra, Escócia, África do Sul, Estados Unidos, Panamá, Equador, Emirados Árabes Unidos, Omã, Bahrein e Catar e foi muito satisfatório (motivo da nossa parceria). Basta trocar o chip no avião e ao desembarcar estará tudo funcionando e com o WhatsApp utilizando o seu número do Brasil.
Portanto, assim como eu, viaje com internet garantida e sem limites, sem susto na conta, sem perder tempo na viagem atrás de uma loja para comprar um chip e nem ter que escolher um plano sendo vendido em outro idioma. Ainda mais em japonês!
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Uma vez conectado, eu me comuniquei tranquilamente via WhatsApp com amigos e familiares no Brasil, tanto via mensagens de texto, como de voz e vídeo; usei o Google Maps para circular e pude com o Google Tradutor entender letreiros, placas, menus e rótulos de produtos nos supermercados sem a menor dificuldade. Foi uma mão na roda!
Onde comer em Tóquio
Comer em restaurantes renomados ou estrelados em Tóquio não é barato. A boa notícia é que existem muitas cadeias de restaurantes populares onde você poderá usufruir da gastronomia japonesa sem gastar tanto. Sem contar as redes de lanchonetes e fast food, bem em conta, que estão por toda parte.
Além disso, você tem ainda a opção de comprar comidas prontas nos konbinis, as tão famosas lojas de conveniência japonesas, como o 7-Eleven e o Family Mart, que funcionam 24 horas e estão em todo lado.
Essas lojas são sem dúvida nenhuma uma mão na roda para os turistas pois vendem praticamente de tudo e ainda oferecem uma série de serviços como caixa eletrônico, Wi-fi gratuito, etc.
E muito barato mesmo! Em média, eu desembolsava em torno de 1.000 ienes (US$ 9 ou R$ 33) por uma entrada, um prato principal, um sobremesa e uma bebida como refrigerante. Já por um sanduíche e uma bebida, não gastava mais do que 400 ienes (US$ 3,64 ou R$ 13,50, na cotação de 08.02.2019).
Dependendo de onde vai se hospedar, você ainda tem a opção de comprar ingredientes em supermercados e preparar suas refeições. Isso pode ajudar a economizar, sem dúvida nenhuma, o inconveniente é que é bem mais trabalhoso do que comer fora.
E não deixe de entrar nos excelentes cafés locais, sempre servindo tortas e bolos deliciosos. Uma rede que recomendo é o Café Doutor (escrito assim mesmo em Português). O de Guinza tem grandes vidraças e uma visão incomparável do cruzamento Guinza 4-Chome, o coração deste bairro, com sua multidão de gente, lojas e o metro quadrado mais caro do mundo!
Tóquio bairro a bairro
Turisticamente falando, encontramos seis bairros que merecem a sua visita em uma viagem a Tóquio: Guinza, Asakusa, Ueno, Roppongi, Shibuya e Shinjuku.
Cada um com características distintas e atrativos próprios, o que, dá até para afirmar, que seria como se tivéssemos várias cidades em uma. E é isso que torna a capital do Japão única.
Confira no mapa abaixo como essas áreas estão dispostas e em seguida eu detalharei cada uma delas.
Guinza
Ginza é o primeiro distrito que se modernizou em Tóquio. Sofisticado, é onde as famílias ricas e tradicionais da cidade fazem as suas compras. Corresponde à Quinta Avenida de Nova York ou á Rua Oxford de Londres, onde as griffes de luxo convivem em harmonia com lojas de departamento e elegantes confeitarias.
Nesta região estão também as principais galerias de arte da capital japonesa.
O coração do bairro é o cruzamento 4-Chom, onde a avenida Chuo-dori cruza a Harumi-dore.
Nas proximidades, ficam o Palácio Imperial, cercado de um imenso e bonito parque, representando o coração geográfico de Tóquio; os enormes e chamativos edifícios de Marunouchi, o distrito financeiro da cidade, e ainda a belíssima Estação de Trens Tokyo Central.
Asakusa
É onde vemos a Tóquio tradicional, com o templo budista mais popular da cidade, o Senso-ji, rodeado de jardins, ruazinhas animadas, com seus restaurantes e bares.
Saindo do templo, seguindo pela avenida principal (Kaminarimon-dori), chega-se a uma ponte que cruza o rio Sumida-gawa, onde da outra margem encontramos o Asahi Super Dry Hall, da famosa marca de cerveja japonesa. Um complexo arquitetônico fantasioso e arrojado projetado por Philippe Starck.
Caminhando mais um pouco, vemos a Tokyo Sky Tree, torre de Tv que se eleva a 634 metros, que possui dois decks de observação.
E de um pier às margens do rio Sumida-gawa saem passeios de barco revelando Tóquio por outro ângulo.
Ueno
Lar do melhor parque da cidade, o Parque Ueno, excelente para um passeio, com seus templos e o zoológico. Para que curte museus, em uma das extremidades do parque está o Museu de Arte Metropolitana e o Museu Nacional de Tóquio.
Ao sul desse parque fica Akihabara, a chamada cidade elétrica, com neons piscando, ideogramas gigantes, cartazes multicoloridos e onde estão as grandes lojas de eletrônicos com as novidades de última geração.
Por lá é onde os fãs de mangás vão encontrar excelentes pontos de venda e vê-se os curiosos Fashion Maid Cafés, em que garçonetes se vestem de empregadas domésticas.
Roppongi
Trata-se do centro cosmopolita de restaurantes e da vida noturna de Tóquio com um viés mais ocidental.
Vale subir a Torre de Tóquio (Tokyo Tower), cópia laranja e branco da Torre Eiffel, com 332 metros de altura, oito metros a mais que a original. Possui dois observatórios e a vista lá de cima ao entardecer entrando pela noite é estonteante. Recomendo!
Nos arredores, próximo à Baía de Tóquio, está o Mercado de Peixes de Tsukiji, o maior mercado de frutos do mar do mundo, onde o atum é a estrela. Se estiver disposto, acorde ainda de madrugada e por volta das 5h da manhã poderá assistir ao famoso leilão desse peixe.
Nas ruazinhas do entorno, muitos restaurantes servem sushis fresquinhos entre outras iguarias da cozinha japonesa. Uma boa pedida para almoçar.
Do outro lado da Baía de Tóquio, a grande atração é a ilha artificial de Odaiba, acessível por um monotrilho. No local, além dos shoppings centers e dos games centers, há uma roda gigante enorme, uma praia artificial com uma vista belísisma de Tóquio e ainda uma réplica da Estátua da Liberdade Quem se interessar por arquitetura pode visitar a sede da Fuji TV.
Shibuya
Este bairro é o centro da juventude da moda em Tóquio. Ao sair da estação de trens e metrô de Shibuya, nos deparamos com muitos neons enormes e auto-falantes de onde ecoam os últimos sucessos da música pop japonesa.
O Shibuya Crossing é o cruzamento mais emblemático de Tóquio, com cinco passagens diagonais para pedestres e uma multidão passando pra lá e pra cá a todo momento. Vale fazer uma foto sua para registrar.
É neste mesmo local, quase escondida, que está a estátua de Hachi-ko, que homenageia o cão fiel que, depois da morte de seu dono, vinha esperar por ele todas as noites na saída da estação.
Desde cruzamento e seguindo reto pela avenida em frente à saída da estação de Shibuya, a uma caminhada de 10 a 15 minutos, chega-se ao YoYogi Park, onde está abrigado o famoso santuário xintoísta Meiji-jingu, construído com madeira de 1.500 anos atrás. Um Torii de 12 metros de altura marca a entrada. O lugar é tranquilo e de uma beleza incrível. No local, acontecem casamentos tradicionais japoneses são comumente realizados.
Na entrada do parque, principalmente aos fins de semana, sobre a Ponte de Harajuku, se reúnem e desfilam os adeptos do cosplay.
Ao sair desse parque, vale circular pela Avenida Omonte-sando, a “Champs-Élysée” de Tóquio, um belíssimo e agradável bulevard ladeado por árvores e repleto de vitrines da alta-costura e marcas mundialmente famnosas como Prada, e sua fachada de vidro em formato de Trapézio, entre outras.
Shinjuku
Talvez a parte mais característica de Tóquio, com muitos neons e arranha-céus, onde milhares de japoneses trabalham.
Ao mesmo tempo, é um bairro boêmio, que não dorme nunca! Além de muitos bares e casas de strip, encontramos uma infinidade de Panchikos, uma experiência única no Japão, onde grandes salas com luzes neon, fileiras e mais fileiras com as máquinas de jogos atraem milhares de pessoas.
Doze atrações imperdíveis em Tóquio
Circulando por todos esses bairros, você vai ver que a capital do Japão tem atrações e entretenimento de sobra. O que, dependendo do seu interesse, pode lhe tomar muitos dias por lá.
Assim, eu tomei a liberdade de fazer uma lista com eu considero imperdível em uma visita a Tóquio e que dá perfeitamente para contemplar em uma estada de sete dias:
- Visitar o Palácio Imperial, que apesar de não aberto ao público, mas que por ser rodeado por belíssimos jardins, vale o passeio;
- Passear pelo bairro de Guinza, conferindo suas lojas e confeitarias;
- Relaxar na imensa área verde do Parque Ueno;
- Conferir as megastores de eletrônicos e mangas de Akihabara;
- Visitar o templo budista Senso-ji, em Asakusa;
- Circular pelo Mercado de Peixes de Tsukiji;
- Ir a Roppongi ver os edifícios e depois subir a Tokyo Tower tendo uma vista espetacular da cidade;
- Conferir o templo da moda em Tóquio em Shibuya e cruzar o Shibuya Crossing;
- Visitar o santuário xintoísta Meiji;
- Bater perna pela pela Avenida Omonte-sando, a “Champs-Élysée” de Tóquio;
- Pegar o monorail e ir passear pela ilha artificial de Odaiba; e
- Fazer um passeio de bate e volta até o Monte Fuji.
Roteiro de sete dias em Tóquio
Para visitar cada bairro citado, e as atrações que eu elegi, eu distribuí assim o meu roteiro pela capital japonesa:
1º dia – Chegada a Tóquio à tarde, check-in no hostel e descanso, afinal foram cerca de 34 horas de viagem entre voos e aeroportos para chegar ao Japão.
2º dia – Pela manhã, o bairro de Asakusa, visitando o Templo Senso-ji e o Asahi Super Dry Hall. Já à tarde circulei por Guinza, terminando com um passeio pelos jardins do Palácio Imperial;
3º dia – Parque Ueno pela manhã e as lojas de eletrônicos de Akihabara, no período da tarde;
4º dia – Mercado de Peixes Tsukiji, com almoço em um dos restaurantes do entorno e a parte da tarde na ilha artificial de Odaiba;
5º dia – Shibuya, Santuário Meiji e Omonte-sando;
6º dia – Roppongi e subida Tokyo Tower ao entardecer;
7º dia – Bate e volta ao Monte Fuji
Eu acho de seis a sete dias em Tóquio é o suficiente para ver a cidade com calma e daí seguir para Quioto, outro destino obrigatório em uma viagem ao Japão e sobre o qual eu falarei em um próximo post.
Antes, eu contarei como é o passeio ao Monte Fuji e também como é viajar de shinkansen, o famoso trem-bala em japonês.
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