Saudar em tempos de Covid-19: outros países ensinam

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O brasileiro é conhecido como um povo caloroso. Além de sorrir, gosta de cumprimentar com beijos, abraços ou um simples aperto de mão. Porém, em tempos de pandemia, regras de distanciamento social tiveram que ser impostas e esse tipo de acolhida passou a ser evitada. No entanto, isto não significa que tenhamos que ser antipáticos. Para começar, um sorriso está longe de ser um contato físico e é sempre bem-vindo. Além do que, podemos nos inspirar em saudações amigáveis à distância utilizadas em diferentes partes do mundo, a fim de saudar em tempos de covid-19.

Para você ter uma ideia, existem lugares, como o Tibete, onde mostrar a língua para se dizer olá é o usual. Mas também não sejamos tão radicais a esse ponto, até porque não pega bem aqui pelo ocidente. Mas em outros países basta uma reverência, ou seja, aquele ato de baixar o tronco e a cabeça, para saudar com respeito e cordialidade quem encontramos.

Dessa forma, tomando como inspiração minhas experiências mundo afora e algumas pesquisas que realizei, eu listo, a seguir, algumas formas simpáticas de saudar em tempos de Covid-19, que outros países nos ensinam, respeitando o distanciamento social. Até porque, essa história que inventaram recentemente de cumprimentar o outro encostando cotovelos ou os pés não me agrada e soa desrespeitoso.

Cumprimentar sem toque

Os melhores exemplos vem dos países asiáticos. Na China e no Japão, os quais já visitei, as pessoas se cumprimentam com uma reverência, curvando-se em em direção ao outro, podendo ainda colocar as mãos postas na lateral do corpo.

Já na Tailândia, Camboja e Indonésia, normalmente saúda-se alguém com uma reverência e com as palmas das mãos unidas, em um gesto chamado de wai.

Embora mais proeminente nas culturas asiáticas, a reverência, ou vênia no português de Portugal, também é típica da nobreza e aristocracia de muitos países e distintamente na Europa.

Outro gesto simpático para saudar quem a gente encontra em tempos da Covid-19 vem da Índia. Palmas das mãos juntas na altura do peito, cabeça ligeiramente inclinada, e o clássico Namastê, que significa: “eu me curvo às qualidades divinas que estão em você” ou “o espírito que existe em mim reconhece o espírito que há em você”. Questões religiosas à parte, eu acho essa saudação muito delicada e amistosa.

Cumprimentar em tempos de Covid 19
Na Tailândia, Camboja e Indonésia, normalmente saúda-se alguém com uma reverência e com as palmas das mãos unidas Foto: PolTrips

Para os mais descolados, e um gesto popular entre surfistas, é a forma de saudar do Havaí. Trata-se do Shaka, também conhecido como hang loose. Para isso, estenda o polegar e o dedo mindinho enquanto enrola os três dedos médios em direção à palma da mão.

Temos também o aceno de mão, mais comum no Brasil, mas que, certamente, gera menor sentimento de aproximação. Assim como o aceno com a cabeça que pode ser combinado com um movimento de sobrancelha.

Expressão facial também conta

Mas não esqueça: a expressão facial que acompanha todos os gestos aqui citados também é importante. Se todos eles puderem vir acompanhandos de um sorriso sincero poderão ser tão especiais quanto um aperto de mão ou um abraço e certamente estabelecerão uma atsmosfera de paz e amor.

Obviamente, podem existir outros exemplos de saudações a distância ao redor do mundo. Se você sabe de algum, deixe sua contribuição no espaço reservado aos comentários.

Um novo “oi” para o futuro?

O fato é que como serão as saudações em um mundo pós-pandemia é uma pergunta que eu tenho me feito. Se pararmos para refletir e repensarmos as saudações (em nossas próprias cidades e em futuros destinos quando voltarmos a viajar), perceberemos que outros aspectos também têm influência, como a cultura e práticas espirituais.

A partir de agora, tudo vai depender do que o mundo e nós mesmos vamos escolher manter, adaptar ou criar juntos nesse “novo normal”, termo que tem viralizado desde que surgiu a pandemia da Covid-19.

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