Como tudo em Buenos Aires, o táxi já foi mais barato, mas ainda assim continua aceitável para os padrões de algumas cidades brasileiras. No entanto, não é incomum brasileiros se queixarem de pequenos golpes, como taxímetro adulterado e a troca de cédulas – você dá uma de nota de 100 pesos, o taxista diz que era de 10, ou troca na hora por uma de 100 falsa e informa que não pode aceitar.
Claro que situações como essas não são uma exclusividade da capital argentina. Em praticamente toda cidade turística, infelizmente há taxistas desonestos. Eu mesmo nunca tive esse problema por lá. Por outro lado, sofri tal golpe em Santiago do Chile. Lamentavelmente, também sei de relatos de amigos em várias localidades mundo afora.
Dá para evitar? Dá. Eu costumo dizer que a melhor alternativa para fugir de golpes envolvendo cédulas e trocos é pagar a corrida de táxi ou qualquer outra compra com o cartão de crédito. E a boa notícia é que já é possível usar o cartão não só no comércio portenho como também nos táxis.
Isto porque o governo argentino aprovou uma lei que obriga que todos os comerciantes e taxistas do país também aceitem pagamentos com cartão de crédito.
Como funciona
A nova lei, de número 27.253, está em vigor desde 1º de abril deste ano e regulamenta que todas as empresas (lojas, hotéis, restaurantes etc) e táxis aceitem cartões para compras acima de 10 pesos (cerca de R$ 1,70), conforme estabelecido pela Administración Federal de Ingresos Públicos, a AFIP, que equivale à Receita Federal na Argentina.
Porém, na prática, apesar de o governo ter fornecido gratuitamente as leitoras de cartões, ainda há muitas empresas e taxistas que não implementaram a medida.
E olha que existe até uma publicidade oficial da AFIP, fixada nos estabelecimentos, com um QR code para denunciar caso a medida seja desrespeitada.
Também é possível pagar no débito?
Bem, embora o texto da lei se refira apenas ao cartão de débito, como se vê na propaganda acima, a medida é válida tanto para débito e crédito, já que qualquer máquina permite as duas modalidades.
Mesmo com o IOF, vale à pena pagar com o cartão?
Apesar da cobrança de 6,38% do Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF, quando usamos o cartão de crédito no exterior, esse meio de pagamento tem suas vantagens: oferece praticidade, segurança e milhas, proporcionado mais viagens, né?
Sem contar que evita deslocamentos frequentes às casas de câmbio e de a gente ficar andando de um lado para o outro atrás da melhor cotação e fugindo das taxas e comissões. Ao mesmo tempo nos ajuda a controlar melhor as despesas.
Por conta disso, recentemente, eu passei a reconsiderar o uso do cartão de crédito em minhas viagens internacionais, principalmente para gastos mais altos, como diárias de hotéis, passagens, passeios e experiências turísticas.
É tão mais prático e rápido, embora, confesse que eu ainda me assuste quando chega a fatura. Mas daí eu logo me tranquilizo, pois sei que antes de viajar, ao invés de reverter o dinheiro em dólares ou qualquer outra moeda, eu deixei a mesma quantia aplicada a fim de fazer face a esses pagamentos ao retornar de viagem.
Além do que, eu adoro ver o meu saldo de pontos crescendo constantemente, sabendo que vou poder transformá-lo em passagens aéreas.
E você, costuma usar o cartão em viagens internacionais? Ou prefere outra modalidade de pagamento? Deixe seu comentário. Participe e ajude a outros viajantes com suas dicas.
*com informações do Melhores Destinos
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