Japão: tudo o que você precisa saber para planejar a sua viagem

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Visitar o Japão significou uma jornada de descobertas e sensações. Não só exteriormente, como interiormente falando. E não poderia ser diferente. O cenário é repleto de cores, luzes, paisagens espetaculares e muitos cheiros e sabores. O país une a tradição dos templos budistas e xintoístas aos maiores avanços tecnológicos que se pode ver na vida.

Além disso, o povo japonês é maravilhoso. Nos dá uma lição de civilidade, dada a sua cordialidade, presteza, organização e respeito ao próximo, permitindo, ainda o contato com milênios de cultura e história. Tudo isso, abre espaço, quase que involuntariamente, para muitas reflexões.

Depois dessa viagem, dá até para afirmar que o Japão é a “terra dos sonhos”. Eu digo isso porque naquele país tudo é feito e mantido para que funcione bem para todos e ninguém atrapalhe a pessoa ao seu lado. Muito diferente do que estamos acostumados do lado de cá do mundo, né?

Para você ter uma ideia do que eu estou falando, imagine que dentro dos trens e do metrô, existem avisos pedindo que coloquemos o celular no modo silencioso, evitando atendê-lo, tudo para não incomodar quem está ao seu lado.

Há indicações também por onde as pessoas devem seguir ao subir e descer escadas, assim como circular em corredores e calçadas, afim de que ninguém se esbarre, mesmo em ruas lotadas.

Não há lixo nas ruas. Se você o produz, carrega-o consigo para ser descartado em casa ou onde possa haver um espaço adequado. Aliás, o que você menos vai ver são lixeiras em espaços públicos.

Em suma, o respeito ao próximo e às coisas é muito presente a todo instante e o silêncio é uma virtude. Um exercício de civilidade bonito de se ver e viver, fruto do fato de os japoneses terem feito da gentileza a base da reconstrução do país após a Segunda Guerra Mundial. Eles puseram em mente que deveriam reconstruir juntos uma nação que fosse boa para todos. E conseguiram!

Acho que a esta altura falar em segurança me parece desnecessário. Mas o que posso afirmar é que sentir-se seguro a qualquer hora do dia ou da noite, e não importa onde estejamos, é uma sensação libertadora.

Por fim, mesmo que os japoneses falem uma mistura de pouco inglês, bastante japonês e muita mímica, não se preocupe. No final todo mundo se entende!

Então, o que voce está esperando para conhecer o Japão? Programando-se bem e seguindo as nossas dicas, que vão facilitar e muito o seu planejamento, prepare-se para uma das melhores experiências da sua vida. E embora a viagem seja longa e cansativa, tenha em mente que fará valer cada minuto ao desembarcar.

Como deve ser o planejamento

Este é o primeiro post sobre uma série que escreverei sobre o Japão. Portanto, fique tranquilo que em algum deles, neste ou mais adiante, eu tirarei todas as suas dúvidas.

Agora, o mais importante é se preocupar com a preparação da viagem, para que nada dê errado. Para isso, você deve seguir esses quatro passos fundamentais: compra da passagem aérea, definição do roteiro, locais para se hospedar e providenciar o visto.

Porque nessa ordem? No caso do Japão, ao contrário de outros destinos, a documentação de viagem deve ser uma das últimas etapas do seu planejamento. De início, é necessário que você compre a passagem e reserve os hotéis.

Isto porque, para poder tirar o visto japonês, você precisará mostrar ao consulado todos os comprovantes que justifiquem a viagem e um roteiro contendo as cidades que pretende visitar. Sem isso, entre outros requisitos sobre os quais eu falarei mais adiante, as autoridades japonesas não lhe darão permissão para ingressar em seu país.

Compra da passagem aérea e quando viajar

O preço das passagens varia de acordo com a época do ano. Um bom ponto de partida para a sua pesquisa é o site do nosso parceiro Viajanet, que coleta o valor dos bilhetes aéreos pelas mais diversas companhias.

Nele, existe uma ferramenta chamada Quando Viajar que mostra a variação de preço das passagens áreas para determinado destino pelos próximos seis meses. Clique aqui e veja quanto custa voar para Tóquio.

As épocas mais caras são fim de março e a primeira quinzena de abril (quando é primavera e as cerejeiras florescem, um espetáculo celebrado em todo o Japão) e os meses de julho e janeiro. Os períodos mais baratos são maio, junho, setembro, outubro e novembro, baixa temporada para os turistas.

Mas cuidado com o inverno japonês (janeiro a março), pois apesar da beleza da estação, neva muito e o frio poderá atrapalhar muitas atividades.

Outra coisa: não existem voos direto para o Japão, você sempre terá que fazer conexão em outro país no meio do caminho e então continuar a sua viagem. Mas não se preocupe, pois as passagens já são vendidas para o destino final.

No entanto, você deve ter em mente que se a conexão for feita em países como Canadá ou Estados Unidos, você precisará também tirar um visto de trânsito, o que acarretará em mais um custo.

Por isso, mesmo que as companhias aéreas destes países apresentem bilhetes mais baratos, veja se continua valendo a pena comprá-los após incluir o valor para tirar o visto, caso não o possua.

As empresas aéreas que os brasileiros mais utilizam para ir ao Japão são:

  • Etihad Airways (conexão em Abu Dhabi – não precisa de visto)
  • Emirates (conexão em Dubai – não precisa de visto)
  • Delta (conexão nos Estados Unidos – precisa de visto)
  • United Airlines (conexão nos Estados Unidos – precisa de visto)
  • Air Canada (conexão no Canadá – precisa de visto ou um ETA)
  • Air France/KLM (conexão na França ou na Holanda – não precisa de visto)
  • Turkish Airlines (conexão na Turquia – não precisa de visto)
  • Qatar Airways (conexão no Catar Qatar – não precisa de visto)
  • Ethiopian Airlines (conexão em Adis Abeba – não precisa de visto)
  • Aeromexico (conexão no México – não precisa de visto)

Depois de várias pesquisas em busca de uma promoção, a opção mais em conta que eu achei, para a época que fui (maio de 2018), foi pela Delta (trechos internacionais) em parceria com a GOL (voos nacionais), saindo de Fortaleza, com conexão em São Paulo e depois passando por Atlanta, nos Estados Unidos, até chegar a Tóquio.

Mas nada de se apressar na compra da passagem! É importante ficar um tempo pesquisando e aguardar uma oferta. Eu consegui um preço muito bom para chegar do outro lado do mundo, o mesmo valor cobrado para ir e voltar de Lisboa, que fica a apenas sete horas de voo de Fortaleza, onde vivo.

Eu paguei R$ 3.500 (cerca de US$ 1.000 à época), divididos em seis parcelas, incluindo taxas e despacho de bagagem em todos os trechos. O que é muito em conta, quando, geralmente, se paga entre R$ 5 mil e R$ 6 mil em um voo para o Japão. Diga aí se não foi um bom negócio?

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Aeroportos no Japão

Existem dois aeroportos nas proximidades de Tóquio: Narita, a 70km do centro, e Haneda, a cerca de 20km. Ou seja, se chegar por Haneda, o deslocamento até a sua hospedagem vai ser mais rápido e barato.

Porém, nem sempre isso é possível pois a maioria das companhias internacionais aterrissam em Narita – o que não é um problema, pois existem muitas formas de chegar à região central da metrópole. Outros aeroportos internacionais do Japão são o de Osaka e o de Nagoia.

Definição do roteiro

Embora este seja um país pequeno, no Japão, as opções de itinerário são quase que infinitas e é preciso fazer escolhas difíceis. Principalmente se o tempo é curto e você encontra uma passagem promocional que pode, geralmente, limitar a sua estada a alguns dias.

Para você ter uma ideia, os roteiros podem ir de no mínimo uma semana, se você se deter a Tóquio e arredores, chegando a um mês ou mais se decidir explorar o país de norte a sul.

Como eu tinha apenas 15 dias e prezo pela qualidade da viagem e não pela quantidade de lugares visitados, pesquisei o que mais me interessava e minha opção ficou em um roteiro clássico, concentrado entre Tóquio e Quioto, cidades obrigatórias para quem visita o Japão. É nelas onde os turistas passam a maior parte do tempo, além de serem as bases ideais para se hospedar.

Desde essas cidades, eu fiz passeios de um dia nos arredores, como ao Monte Fuji (clique aqui para opções), saindo de Tóquio; e às cidades de Nara, Myiajima e Hiroshima, a partir de Quioto.

Passagem comprada, roteiro definido, o segundo passo foi escolher o local da hospedagem.

A escolha dos hotéis

Nós aqui do Blog Andarilho sempre recomendamos e fazemos nossas reservas por meio do Booking.com. Veja, clicando no nome das cidades, opções de hospedagem em Tóquio e em Quioto.

Tanto Tóquio como Quioto têm acomodações para todos os bolsos e muito variadas, desde hostels aos hotéis de redes internacionais com quartos ocidentais, assim como tem os hotéis cápsulas e os ryokans, que são hotéis tradicionais japoneses. Porém, algo para se ter em mente é que os quartos, em geral, independentemente do tipo de acomodação, são bem pequenos. 

Melhores bairros para se hospedar em Tóquio

Um fator que considero crucial ao escolher a hospedagem em Tóquio, uma cidade muito grande, é pensar em função do metrô, que é a melhor forma de se deslocar por lá, checando ainda quantas e quais linhas você terá por perto.

A rede de metrô é excelente e recomendo baixar em seu celular o aplicativo Tokyo Subway, disponivel gratuitamente no Google Play (aparelhos Android) e Apple Store (iPhone), que mostra o melhor trajeto a partir da estação que você está até aquela que deseja chegar, incluindo as linhas, baldeações, tempo do percurso e o valor a pagar.

Eu fiquei em Ginza, hospedado no Imano Tokyo Ginza Hostel, local excelente, a cinco minutos de caminhada da estação de metrô de Takaracho. Nesta estação, passa a linha Asakusa (rosa), que leva a outros bairros turísticos e se conecta, na estação Higashi-Ginza, com a linha Hibiya (cinza), que nos deixa na Estação Central de Tóquio (Tokyo Central), de onde partem trens para todo o Japão.

Ginza é um bairro bem central, bonito e arrumado, repleto de lojas de grife e de departamentos e fica bem próximo ao coração geográfico da capital japonesa que é o Palácio Imperial, acessível pela estação Tokyo Central, onde também é uma excelente região para se hospedar.

Ficar próximo às estações de Shinjuku e Shibuya, que concentra várias linhas de metrô importantes, também é muito prático.

A região de Roppongi é outra que me pareceu ótima. O bairro é muito bem abastecido de linhas de metrô (Chiyoda, Ginza, Marunouchi, Hibiya e Oedo).

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Melhores áreas para se hospedar em Quioto

Quioto não é grande como Tóquio, mas também não é tão pequena. Assim, escolhendo o lugar certo você conseguirá fazer muita coisa caminhando, que é muito mais prático do que sempre ter que se deslocar de ônibus, o melhor meio de transporte nessa cidade.

Com relação à localização, sugerimos hospedar-se na área central, justamente para estar mais próximo do comércio e dos restaurantes.

A área de Gion é muito indicada também, porque, além de ser um local tradicional, tem bastante comércio, vários restaurantes e está próxima da vida noturna. Para quem gosta de ficar perto de tudo, essa área é uma boa.

Outra área um tanto popular e com uma enorme quantidade de hotéis é a região da Estação de Trens de Quioto, a principal da cidade. Além da boa localização dessa região e da facilidade de ter o comércio próximo, é um ótimo local para poder deslocar-se com agilidade por estar próxima à saída dos trens e dos ônibus para vários cantos. Os hotéis dessa área costumam ser mais modernos, enquantos os hotéis de Gion são mais tradicionais.

Em minha visita a Quioto, eu optei pelo Imano Kyoto Kiyomizu Hostel, que fica na região de Higashiyama, e gostei muito. Essa zona é vizinha a Gion e ao templo Kiyomizu-Dera e a cerca de 10 a 15 minutos de ônibus da Estação de Quioto. Deu para visitar muita coisa a pé e tomar um ônibus quando fosse necessário. 

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Como tirar o visto japonês

Brasileiros precisam de visto para visitar o Japão. O bom é que o processo para obtê-lo é muito simples e o documento fica pronto em torno de uma semana, talvez até menos. Todas as informações estão no site da Embaixada do Japão no Brasil, mas já vou adiantar algumas por aqui.

Quem for a turismo ao Japão pode optar pelo visto de uma entrada, dupla ou de múltiplas entradas, com a finalidade de “Curta Permanência”.

Os valores são os seguintes: visto de uma entrada – R$86,00; visto de dupla entrada – R$171,00; e visto de múltiplas entradas – R$171,00. Esses valores valem até até março de 2019. Para informações atualizadas clique aqui.

Atente para o fato de que se você for para o Japão e resolver passar uns dias em outro país próximo e depois retornar, você irá precisar de um visto de dupla ou múltiplas entradas. Caso só vá ficar dentro do Japão mesmo, o visto de entrada única é o suficiente, o qual foi a minha opção.

A seguir estão os documentos que você vai precisar apresentar para solicitar o seu visto para o Japão:

  • Passaporte válido (e os passaportes anteriores com visto japonês);
  • Formulário impresso da Solicitação de Visto Para Entrar no Japão (disponível aqui) digitalizada ou preenchida com letra de forma;
  • Uma foto 4,5 X 4,5 cm ou 3,0 X 4,0 cm recente (tirada há no máximo seis meses), com fundo branco e sem data;
  • Cópia da passagem aérea de ida e volta, partindo do Brasil (individual para cada passageiro);
  • Cópia das reserva dos hotéis;
  • Cópia autenticada do RG ou CNH;
  • Cópia da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (todas as páginas, inclusive o recibo de entrega), dos extratos bancários dos últimos três meses. O saldo de aplicações financeiras que tenha no banco, também é um bom comprovante de que tem recursos para bancar a viagem; e
  • Cronograma de Viagem, com o roteiro escrito pelo próprio passageiro no modelo da Embaixada (disponível aqui).

O visto pode ser obtido na Embaixada em Brasília ou nos consulados existentes na seguintes cidades brasileiras:

  • Belém (que atende aos estados do Amapá, Maranhão, Pará e Piauí);
  • Manaus (servindo ao Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima);
  • Recife (para moradores de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe);
  • Rio de Janeiro (que atende o Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro);
  • São Paulo (que serve a quem mora no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Triângulo Mineiro);
  • Curitiba (atendendo o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul); e
  • Porto Alegre (cobre todo o Estado do Rio Grande do Sul).

Para consultar os respectivos endereços e contatos clique aqui.

Dica: se você não mora em uma cidade onde há um consulado do Japão terá que se deslocar até um local que tenha, o que acarretará despesas com passagem e hospedagem. Assim, eu recomendo fortemente contratar o serviço de uma agência de vistos, que foi o que eu fiz.

O consulado do Japão não exige a presença do viajante para conceder o visto e uma agência especializada pode perfeitamente fazer isso para você.

Fazendo as contas, tendo em vista a taxa que essas agências cobram pelo serviço, além do valor do visto japonês, sai muito mais barato do que arcar com todos os gastos de deslocamento e hospedagem e você ainda contará com a assessoria de pessoal especializado para que nada saia errado na obtenção do seu visto. Lembre-se que a esta altura você já comprou a passagem aérea e já reservou os hotéis. Não seria nada interessante perder o investimento, né?

Como eu moro em Fortaleza eu contei com a ajuda do pessoal da ForVistos, que patrocinou todo o meu processo de requisição de visto para viajar ao Japão. O serviço é excelente e recomendo demais!

Detalhe importante: após a emissão do visto, você poderá entrar no Japão em até três meses da data de emissão, ou seja, não é possível solicitá-lo com muita antecedência e você poderá permanecer em solo japonês o tempo indicado no documento. O recomendado é solicitar o visto faltando entre dois meses e um mês para a viagem.

Como planejar uma viagem para o Japão

Visto japonês

Vacinas

Segundo o Portal Consular do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, nenhuma vacina específica é necessária para entrada no Japão.

Seguro viagem para o Japão

Não tem como falar em uma viagem internacional sem mencionar da necessidade de se fazer um seguro Viagem. Além de evitar que você desembolse uma fortuna ante os elevados custos de atendimento médico e odontológico no exterior, a cobertura contratada lhe deixará tranquilo quanto a cancelamento de viagem, extravio de bagagem, entre outros imprevistos. Por que abusar da sorte, achando que nada pode lhe acontecer, né?

A gente aqui do Blog Andarilho sempre contrata os nossos seguros viagem por meio do nosso parceiro SegurosPromo, o maior site comparador de preços de seguro viagem do Brasil, e sempre encontramos as melhores ofertas.

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Moeda japonesa

A moeda no Japão é o Iene. O símbolo é ¥ e o código internacional do dinheiro japonês é JPY.

Com um real se compra cerca de 30 ienes enquanto que com um dólar americano aproximadamente 110 ienes (cotação de 01.02.2019). Para fazer a conversão e saber as cotações atualizadas você pode clicar aqui.

Recomendo levar dólar e fazer o câmbio ao chegar. Eu fiz ao desembarcar no aeroporto de Narita, em Tóquio. Embora fazer câmbio em aeroportos nem sempre seja vantajoso, no Japão, me pareceu muito bom e seguro e eu aproveitei e troquei boa parte do dinheiro de que iria precisar.

Outra coisa: leve dinheiro em espécie, mas também não esqueça dos cartões de crédito.

Apesar de toda a tecnologia, o Japão ainda prioriza o uso de dinheiro em espécie em suas transações no comércio, em restaurantes e nas máquinas de bilhetes e cartões do metrô. Templos em Quioto, por exemplo, também são pagos apenas em dinheiro vivo.

Cartões de crédito normalmente só são aceitos (ou apenas) em hotéis e grandes lojas e redes ocidentais.

Levei dólares e troquei por ienes ao chegar ao país. Comprar iene no Brasil além de ser difícil achar, a cotação não vale à pena.

Uma vez no Japão, é fácil encontrar lugares para trocar dinheiro – há até máquinas que fazem isso automaticamente nos aeroportos e estações de trem, além de casas de câmbio.

Você também pode sacar dinheiro por lá com seu cartão de débito, se o seu banco der essa opção. Mas fique atento! Além das taxas cobradas e do IOF de 6,38%, não são todos os caixas eletrônicos japoneses conectados ao resto do sistema bancário mundial.

Eu não saquei dinheiro no Japão, mas tive informações que apenas os caixas presentes nas lojas de conveniência 7-Eleven (espalhadas por todo o país) e os dos correios (além de alguns poucos outros), são conectados com o sistema bancário global. A saber!

E como você vai usar dinheiro em espécie o tempo todo, então, prepare-se para receber muitas moedas de troco. Leve uma bolsinha ou porta-moedas para guardá-las.

Como planejar uma viagem ao Japão

Cédulas e moedas de iene

Idioma e Comunicação

Os japoneses são muito receptivos, amáveis e bem educados (talvez o povo mais hospitaleiro que eu conheci na minha vida). Eles farão de tudo para lhe ajudar se você estiver perdido ou precisando de alguma informação.

Mas queira ou não, a língua é uma barreira e você terá que superar. Poucos japoneses falam bem o inglês. Na verdade, entendem mais do que falam, especialmente se você falar pausado e devagar.

Usar e abusar das mímicas é uma constante. Para quem só fala português, o desafio é ainda maior. Mas com força de vontade e criatividade, dá para se virar.

Mas independentemente da sua situação, usar um tradutor será muito útil e lhe dará mais segurança para viajar. O Google Tradutor foi um grande companheiro na minha viagem ao Japão. Para isso, ter internet no celular é fundamental!

Mas a boa notícia é que as placas das estações de trem e metrô estão em japonês e inglês. Porém, não dá para dizer o mesmo dos rótulos de alimentos e menus de restaurantes.

Internet no Japão

Durante uma viagem ao exterior, ter conexão via internet no celular é extremamente cômodo, útil, tornando as coisas muito mais fáceis. Ainda mais nos países asiáticos, onde o idioma sempre é uma barreira.

Como eu mencionei, os japoneses falam pouco inglês e e os que falam ainda têm um sotaque que não ajuda muito. Consequentemente, para pedir informações ou até lê-las se torna complicado.

Até que dá para viajar sem internet no celular, ficando dependente do Wi-Fi, mas eu não recomendo em se tratando de Japão, ou qualquer outro país cujo alfabeto em nada tenha a ver com o nosso.

Além disso, depois que eu comecei a viajar com internet no celular, nunca mais viajei sem.

Para o Japão, mais uma vez contei com o chip da EasySim4U, com internet ilimitada em mais 210 países. Saiba sobre esse chip aqui.

Onde eu  já utilizei o chip da EasySim4U: Portugal, Ilha da Madeira, Inglaterra, Escócia, África do Sul, Estados Unidos, Japão, Panamá, Equador, Emirados Árabes Unidos, Omã, Bahrein e Catar e foi muito satisfatório (motivo da nossa parceria).

Basta trocar o chip no avião e ao desembarcar estará tudo funcionando e com o WhatsApp utilizando o seu número do Brasil.

Portanto, assim como eu, viaje com internet garantida e sem limites, sem susto na conta, sem perder tempo na viagem atrás de uma loja para comprar um chip e nem ter que escolher um plano sendo vendido em outro idioma.

Você pode adquirir o seu chip aqui. Digite ANDARILHO10 no campo cupom e em e clique em Apply Cupom na página de finalização de compra e ganhe 10% de desconto.

Uma vez conectado, eu me comuniquei tranquilamente via WhatsApp com amigos e familiares no Brasil, tanto via mensagens de texto, como de voz e vídeo; usei o Google Maps para circular e pude com o Google Tradutor entender letreiros, placas, menus e rótulos de produtos nos supermercados sem a menor dificuldade. Foi uma mão na roda!

Como circular pelo Japão

Como planejar uma viagem ao Japão

Trem bala Shinkansen

O trem é a maneira mais prática de viajar entre as cidades no Japão. No entanto, não é barato. Por isso, o recomendado é adquirir o JR Pass, que é um passe de trem da JR – Japan Railways, a maior companhia de trens do país.

Com ele, você tem acesso ilimitado a viagens em quase todos os trens da companhia (incluindo os trens-bala), alguns ônibus locais e a balsa para Miyajima, que também são operados pela JR. O passe tem a validade de 7, 14 ou 21 dias, contados a partir do dia da primeira viagem.

Detalhe importante: só quem vai com visto de turista pode comprar o JR Pass. Se você vai com visto de estudos, trabalho ou qualquer outro visto especial, infelizmente você não poderá aproveitar esse benefício.

O passe de 7 dias custa 29.110 ienes (cerca de 265 dólares). A princípio o valor assusta e pode não parecer uma boa (ainda mais se o dólar estiver alto), mas vale muito a pena se você pretende ir de trem de alta velocidade entre uma cidade e outra, pois os bilhetes de shinkansen (trem-bala em japonês) são bem caros.

Para você ter uma ideia, fazer o trajeto de ida e volta a Kyoto, saindo de Tóquio, custa cerca de 27.820 ienes, quase o valor do passe. Se visitar uma terceira cidade, já está valendo a pena ter em mãos o JR Pass.

Importante: os passes podem ser encontrados para compra no Japão, em quantidades limitadas e com preços mais elevados. Por isso, o ideal é comprar antecipadamente, fora país. Para mais informações acesse aqui.

Passe de trem no Japão

Japan Rail Pass Foto: Anchieta Dantas Jr./Blog Andarilho

Como circular nas cidades japonesas

Vou falar apenas sobre as cidades que visitei:

Tóquio – metrô e a pé.
Kyoto- ônibus e a pé
Hiroshima – ônibus e a pé.

Táxis não são baratos e Uber só existe a partir da opção Select, o que custa igual a um táxi. Portanto, não vale à pena, ainda mais para quem viaja só.

Onde comer no Japão e economizar

A comida Japonesa é muito boa, mas bem diferente do que você imagina. Prepare-se para comer muito peixe, frutos do mar e muito arroz. Para quem odeia peixe, dá fácil para encontrar outras opções de carne, especialmente frango e porco. A carne bovina no Japão é cara.

Além disso, esqueça o tipo de sushi que está acostumado a comer no Brasil, que é adaptado ao nosso paladar. Lá o sabor é bem mais intenso e pode não agradar.

Se for a restaurantes tipicamente japoneses, prefira os estabelecimentos que tem um display das comidas na vitrine. Para pedir, basta apontar! A vantagem das amostras dos pratos é ter uma noção um pouco melhor do que você irá comer.

Como planejar uma viagem ao Japão

Vitrine de um restaurante japonês em Tóquio

Uma boa pedida para economizar é comprar nas redes de lojas de conveniência, conhecidas como konbinis, a exemplo da7-Eleven e do Family Mart, onipresentes em todas as cidades. Eles vendem comida pronta, preparadas para serem consumidas no dia, e você já pode sair com ela quentinha, já que há forno de microondas na saída das lojas para aquecer o prato.

Fast foods como McDonald’s e SUBWAY também são facilmente encontrados e têm um excelente preço.

Roupas: o que vestir na viagem

Primavera e Outono – Calça jeans com casaco leve.
Verão – Roupas leves.
Inverno – prepare o casaco, você vai precisar dele.

Eu estive em maio, durante a primavera e fazia calor durante o dia. Circulei muito de bermuda e camisa. Ás vezes, um casaco bem leve  era necessário para a noite ou o início da manhã.

Veja aqui como arrumar uma mala leve e prática

Tomada e voltagem no Japão

O padrão da Tomada no Japão é a Tipo A, conforme imagem abaixo. Todos os hostels que fiquei hospedado alugavam um adaptador, mas se você tiver um adaptador universal, vale a pena levar.

Como planejar uma viagem ao Japão

Tomada Tipo A

Na pior das hipóteses, se o hotel não fornecer um adaptador, dá para comprá-lo em lojas de conveniências e não é caro.

A voltagem no Japão é de 110 volts. Mas é importante sempre conferir a voltagem das tomadas antes de ligar qualquer aparelho se ele não for bivolt. Para minha sorte todos os eletrônicos que levei (celular, notebook e câmera fotográfica) eram bivolt.

O Japão é caro?

Sempre escutei que Japão é um destino muito caro, mas não é!

Claro, gastar pouco exige um pouco de disciplina e existem vários estilos de viagem. Eu não fui em grande estilo: me hospedei em hostels, comprava comida em lojas de conveniência ou aproveitava as comidas de rua (muito boas) e fiz meus passeios por conta própria, com exceção à visita ao Monte Fuji.

Também não fiz compras. Meu objetivo era passear, conhecer tudo e aproveitar o lugar ao máximo! Em suma, tudo depende das suas escolhas.

Tenha em mente que o mais caro em uma viagem ao Japão é a passagem aérea. Assim, aproveitando uma promoção não hesite e compre. Uma vez em solo japonês as despesas são administráveis e a viagem pode sair mais em conta do que você imagina.

Além disso, no Japão existem muitos lugares interessantes para conhecer sem precisar desembolsar um tostão sequer. Há ainda muitos parques e jardins belíssimos que são gratuitos.

Sem contar os incríveis castelos, templos budistas e santuários xintoístas (em muitos não se paga para entrar), mercados públicos recheados de comidas exóticas e souvenires, shotengais (bairros comerciais), além de muitos passeios junto á natureza. O Japão é um país muito abençoado pois está cercado por muitas belezas naturais.

E em cidades turísticas como Tóquio, Kyoto e Nara, é possível encontrar passeios gratuitos oferecidos por guias voluntários.

Outra forma de economizar, como eu já comentei, é com alimentação. Existem muitas cadeias de restaurantes populares onde você poderá usufruir da gastronomia japonesa. Sem contar as redes de lanchonetes que estão por toda parte.

Além disso, você tem ainda a opção de comprar comidas prontas nos konbinis, as tão famosas lojas de conveniência japonesas, que funcionam 24 horas e estão em todo lado. Essas lojas são sem dúvida nenhuma uma mão na roda para os turistas, pois vendem praticamente de tudo e ainda oferecem uma série de serviços como caixa eletrônico, WiFi gratuito, etc.

Dependendo de onde vai se hospedar, você ainda tem a opção de comprar ingredientes em supermercados e preparar suas refeições. Isso pode ajudar a economizar, sem dúvida nenhuma, porém é bem mais trabalhoso do que comer fora.

Quanto eu gastei em minha viagem ao Japão

Em média, meu gasto médio diário durante os 15 dias que passei no país foi de 2.800 ienes, incluindo alimentação, transporte e uma ou outra entrada em algum ponto turístico – o equivalente a US$ 25 por dia.

Como fiquei em hostel, economizei bastante em hospedagem, desembolsando cerca de 2.800 ienes (US$ 25) por uma noite com café da manhã. Ao todo foram 14 diárias.

E para viajar entre Tóquio, Quioto, Hiroshima e Myiajima eu comprei o JR Pass válido por sete dias, que me custou 29.110 ienes (cerca de 265 dólares).

Já pela passagem aérea, eu paguei R$ 3.500 com taxas e despacho de bagagem, saindo de Fortaleza, com conexões no Rio de Janeiro e Atlanta (Estados Unidos) na ida, e Atlanta e Guarulhos na volta.

Ao todo, em 15 dias viajando pelo Japão eu gastei em torno de R$ 7.500, considerando a cotação do dólar à época (maio de 2018). Ou seja, nada que um bom planejamento não o faça conhecer este país.

Aprenda mais sobre os costumes locais antes da viagem

Tóquio, apesar de gigantesca, é a metrópole mais silenciosa e limpa que eu já vi. Procure falar baixo e seja cortês, assim como os japoneses.

Ninguém fala ao celular em público (vale para trens, metrô e estações) e todos carregam seu próprio lixo para jogar fora adequadamente em casa ou no hotel (lixeiras não são facilmente encontráveis nas vias públicas). Não coma em pé, enquanto anda na rua.

Caso você se veja espremido no meio de uma multidão, não empurre nem se desespere – há fluxos bem estabelecidos que você talvez não identifique, mas acaba seguindo naturalmente.

Você não precisa se sentir inseguro no Japão em momento nenhum.

Ao pagar algo a um atendente, deixe o dinheiro numa bandeja ou entregue com as duas mãos. Nunca dê gorjeta (é quase ofensivo).

Carregue um lenço ou toalha pequena para secar as mãos – toalhas de papel ou secadores nem sempre estão disponíveis nos banheiros. 

Quando estão com algum resfriado, os japoneses usam aquelas famosas máscaras cirúrgicas em público – se você estiver espirrando ou tossindo, talvez seja uma boa ideia comprar algumas (à venda em qualquer loja de conveniência).

Ao visitar templos, remova os calçados e não fotografe em áreas proibidas.

Em todo o país, respeite as filas, prioridades e ordens estabelecidas.

 

Nos próximo post, eu vou detalhar meu roteiro por Tóquio, como fui do aeroporto ao hostel, dar algumas dicas da cidade e contar sobre o bate-volta que fiz ao Monte Fuji.

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