Com a abertura gradual da economia no Brasil, bem como das fronteiras em alguns países, as companhias aéreas, paulatinamente, têm retomando as suas operações. Nesse sentido, a segurança a bordo dos aviões passou a ser a principal preocupação de quem precisa viajar em meio à pandemia. Assim sendo, as empresas atestam que o ambiente a bordo das aeronaves é confiável. Elas também garantem que seguem os protocolos de segurança. Porém, se ainda assim você tem dúvidas, este artigo é para você. Por meio de perguntas e respostas, veja o que precisa saber sobre as viagens de avião e a Covid-19.
Para isso, ouvimos companhias aéreas e procuramos informações junto a fabricantes de aviões. Assim como, consultamos um médico infectologista. Tudo com o intuito de elucidar os seus questionamentos.
Aqui, você vai saber sobre controle da qualidade do ar dentro das aeronaves e como isto é feito. Ao mesmo tempo, veririfcará se as medidas de segurança sanitárias adotadas pelas companhais aéreas são suficientes. Não esquecendo, também, de reforçar o seu papel enquanto passageiro.
Afinal, se as medidas e protocolos sanitários forem observados e cada um fizer a sua parte, certamente, os riscos de contágio da Covid-19 em viagens de avião poderão ser minimizados.
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Viagens de avião e a Covid-19
O ar da cabine é seguro?
O principal trunfo das empresas do setor aéreo é a qualidade do ar a bordo. Segundo a Boeing, um dos maiores fabricantes de aviões, as aeronaves de hoje incorporam recursos projetados a fim de ajudar a proteger a saúde dos passageiros.
“O ar da cabine flui principalmente do teto para o chão, não da frente para trás. Isto minimiza a propagação de contaminantes a bordo. Além do que, ele é renovado a cada três minutos com o ar externo. São usados filtros que bloqueiam os vírus e bactéricas, incluindo o novo coronavírus”, afirma a empresa.
A Boeing se refere aos filtros de ar particulado de alta eficiência (HEPA, sigla em inglês para High Efficiency Particulate Air).
De acordo com Gerente de Marketing e Comunicação da Air France e KLM para América do Sul, Júlia de Medeiros Pinto, os filtros HEPA são idênticos aos usados nas salas de operações de hospitais.
“Esses filtros extraem mais de 99,99% dos menores vírus, incluindo aqueles com tamanho não superior a 0,01 micrômetros. Isto, garante, assim, que o ar da cabine esteja em conformidade com os padrões de qualidade. Os vírus do tipo coronavírus, variando em tamanho de 0,08 a 0,16 micrômetros, são filtrados pelos HEPA”, afirma.
Estes são também os mesmos filtros usados pelas companhias brasileiras, a exemplo da GOL Linhas Áreas. “Os filtros HEPA permitem a circulação de um ar sempre mais puro”, atesta.
Felizmente, segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), todas as aeronaves dos principais fabricantes – além da Boeing, Airbus, Embraer e ATR -, possuem filtros HEPA. Dessa forma, praticamente a totalidade dos modelos usados na aviação comercial no Brasil e no mundo o adotam.
A KLM nos disponibilizou um vídeo bem didático. Ele explica todo o processo de filtragem de ar dentro de um avião.
Filtrar o ar é suficiente?
Para o infectologista Guilherme Henn, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), os filtros HEPA são extremamente eficientes na eliminação de vírus e bactérias do ambiente. Entretanto, ele faz um alerta. “Embora a renovação do ar feita a cada três minutos seja eficiente, isso não é suficiente”.
Isto porque, explica o especialista, nesse intervalo, os passageiros e a tripulação estão respirando. Eles também podem tossir ou tocar superfícies. Portanto, elimiminando vírus, que passam a circular no ambiente. Isto pode infectar outras pessoas”, frisa.
“É claro que a utilização do filtro diminui e muito a possibilidade de disseminação do vírus dentro da cabine do avião. Agora eliminar essa possibilidade definitivamente não elimina”, conclui.
Ao mesmo tempo, destaca a Boeing, alguns estudos sobre o potencial de contaminação durante um voo revelam que o fluxo regular de ar dos aviões pode ser interrompido. Isso ocorre quando passageiros ou tripulantes de cabine deixam seus assentos e andam pelos corredores.
Dessa forma, essa movimentação pode alterar a direção das partículas transportadas pelo ar. Daí o risco (ainda que baixo) de levar o vírus de um passageiro para o outro antes que ele passasse pela filtragem. Por este motivo é fundamental o uso de máscaras faciais.
Como ficam as superfícies do avião?
Outro ponto a ser considerado na relação viagens de avião e a Covid-19 são as superfícies da aeronave. A saber, compartimentos de bagagem, mesas de refeição, apoio para braços, monitores de entretenimento, revista de bordo etc.
Nesse caso, o risco é um passageiro contaminado deixar o vírus nesses locais. Eles precisariam ser desinfectados ou não tocados pelo próximo passageiro. Para se contaminar, o viajante teria que encostar nessa superfície contaminada. Em seguida, levar as mãos à boca, à parte interna do nariz ou olhos, antes de lavar ou desinfectar com álcool.
“Os filtros HEPA não têm efetividade contra os vírus e bactérias que estão sobre as superfícies, apenas em suspensão”, alerta o infectologista Guilherme Henn.
Para minimizar esse risco, as companhias têm redefinido procedimentos para garantir uma aeronave limpa a cada etapa. Contudo, isso não exime a responsabilidade do passageiro de se precaver, mantendo as mãos limpas e usar máscara.
A GOL informa que foram implementadas medidas adicionais de limpeza e higienização dos aviões durante paradas e pernoites. A atenção é redobrada aos assentos e braços das poltronas. Ao mesmo tempo nos cintos de segurança, bandejas, pisos e paredes. Foi aprimorado também o processo de limpeza noturna, com desinfetante de grau hospitalar.
Analogamente, opera a Air France-KLM. “Além do que, implementamos procedimento específico de desinfeção periódica dos aviões. Isto inclui a pulverização de um produto viricida homologado, com duração de eficácia de dez dias”, destaca Júlia Pinto.
O que ocorre se alguém espirrar ou tossir?
Como dito, o ar em um avião se move do teto para o chão, não da frente para trás. Isso minimiza a propagação de contaminantes no interior da aeronave. Também garante que o fluxo de ar saia da cabine perto de onde entra. A partir daí, os filtros HEPA agem removendo partículas do ar que passa por eles, conforme é recirculado para a cabine. Entretanto, é importante que os passageiros e a tripulação não fiquem circulando, a fim de evitar que esse ciclo se interrompa.
Também explicamos, que esse sistema de filtragem só pode limpar o ar que circula por eles. Não eliminando vírus e bactérias que ficam sobre as superfícies. Portanto, se um passageiro espirrar ou tossir e não houver uma barreira, a exemplo das máscaras faciais, o filtro HEPA não poderá limpar as partículas que ficarem sobre as superfícies.
Por esta razão, é importante que os passageiros sigam as orientações das autoridades de saúde e aviação. Além do uso de máscara facial em todo o trajeto, procurar manter as mãos limpas, evitando que germes possam infectar as superfícies a bordo. O que complementará, dessa forma, o trabalho de desinfesção empreendido paras companhias aéreas.
“Se os passageiros estiverem todos de máscara, é claro que isso diminui a quantidade de vírus que é eliminada por uma pessoa que o tenha nas suas vias aéreas. Porém, não elimina completamente essa possibilidade. Isto porque a pessoa ainda pode passar a mão no nariz, ou na boca e liberar o vírus no ambiente. Ao mesmo tempo, as pessoas também podem retirar a máscara como, por exemplo, para comer durante um voo”, expõe o infectologista Guilherme Henn.
E sobre o distanciamento social?
Segundo Júlia Pinto, da Air France-KLM, a implementação de distanciamento físico a bordo é feito sempre que possível.
“Na maioria dos voos, os fatores atuais de baixa ocupação possibilitam separar os clientes conforme necessário. Nos casos em que isso não for possível, exigir que todos os passageiros e tripulantes usem máscaras garante proteção adequada à saúde”, relata.
A preocupação com distanciamento social, destaca Júlia, foi levada em conta, também, no percurso do cliente antes de embarcar, que foi reorganizado. “Aplicamos medidas de distanciamento físico ao longo do caminho do passageiro no aeroporto. Sempre que possível, e aplicamos proteções em acrílico. O serviço a bordo também foi adaptado para limitar as interações entre os clientes e os membros da tripulação”, fala.
Ao lado dessas medidas, a GOL Linhas Aéreas tem agido no estímulo ao check-in on-line e no desligamento de totens. Semelhantemente, passou a usar adesivos para demarcar a distância mínima durante o processo de embarque e também a bordo. Por fim, fechou a sala vip dos aeroportos.
Segundo a empresa, desde o início de junho de 2020, a companhia vem retomando, gradualmente, o serviço de bordo, com lanches (entregues no desembarque) e água sob demanda ao longo de todo o voo. “Tudo devidamente higienizado, garantindo a segurança de todos”, afirma.
Além disso, o serviço de entretenimento a bordo dos voos GOL é acessado por aplicativo. Isto no próprio aparelho celular do passageiro. O que evita o compartilhamento de telas e superfícies.
No vídeo abaixo, a GOL explica os protocolos de limpeza em suas aeronaves.
Qual o meu dever enquanto passageiro?
Quando falamos em viagens de avião e Covid-19, os esforços de proteção para combater a transmissão não compreendem apenas as precauções a bordo das aeronaves.
Antes, passa por evitar que qualquer pessoa com o vírus embarque no avião. Isso inclui os procedimentos flexíveis de nova reserva das companhias aéreas. A fim de que ninguém viaje doente. Do mesmo modo, a triagem de passageiros nos aeroportos.
Ao mesmo tempo, o viajante precisa estar atento ao seu comportamento em todas as etapas da viagem. “A partir do momento que sai de casa, se desloca até o aeroporto, circula pelos terminais e embarca na aeronave”, chama a atenção o infectologista Guilherme Henn.
É que diferentemente do que acontece no interior das cabines, fora do avião o passageiro está lidando com um ambiente sem qualquer tipo de filtragem de ar. Por isso, os cuidados devem ser redobrados. Assim sendo, o uso da máscara e o distanciamento, de ao menos dois metros, entre as pessoas, são muito importantes para diminuir o risco de contaminação.
Apesar de todo o zelo das companhias aéreas e dos aeroportos, emenda a GOL, “é importante o passageiro saber que se faz necessária essa mudança de comportamento de sua parte”.
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O que mais pode ser feito?
Atualmente, segundo a Boeing, estão sendo avaliadas uma série de novas tecnologias que podem reduzir ainda mais o risco de transmissão de doenças nas aeronaves. A exemplo da Covid-19.
Dois exemplos são a aplicação de antimicrobianos e antivirais em superfícies e pontos de alto contato. O que inclui toda a cabine e banheiros. Há também a desinfecção por luz ultravioleta, extremamente eficiente e eficaz, atestam os especialistas.
Porém, estas tecnologias ainda estão em desenvolvimento. Só serão implantadas nos aviões de após terem sido testadas e aprovadas com sucesso por clientes e agências reguladoras.
Ao mesmo tempo, a Boeing adianta que desenvolveu um protótipo de lavatório autodesinfetante. Ele usa luz ultravioleta para desinfetar todas as superfícies em cerca de três segundos após cada uso. O que mataria 99,9% dos germes.
O que podemos concluir
Em síntese, embora muito esteja sendo feito para reduzir os riscos de contaminação por Covid-19 em viagens de avião, ainda se sabe muito pouco sobre o novo coronavírus. Por isso, não é possível garantir que não há risco de contaminação nas aeronaves.
Vale salientar, também, que o nosso objetivo aqui não é estimular ou desestimular viagens de avião durante a pandemia. Mas fornecer informação confiável para que você possa decidir, conforme a sua necessidade.
Além disso, de nada adiantam todas essas medidas se não fizermos a nossa parte. A precaução é uma questão de segurança coletiva, mais do que individual!
Gostou do nosso artigo sobre viagens de avião e Covid-19? Já fez alguma viagem durante a pandemia? Conta para a gente nos comentários.
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Foto de capa: Suhyeon Choi por Unsplash
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